A
Vergonha e a Injustiça Não Existem na Natureza
A vergonha
não existe na natureza. Os animais sabem a lei: a força, a força, a força. Quem
é fraco cai e faz o que o forte quer. A inundação, as chuvas, o mamífero mais
pesado e mais rápido e o mamífero pequeno. Os primatas, os répteis, os peixes
maiores e os mais minúsculos, a cascata: já viste algum animal cair? Não há a
mais breve compaixão entre os animais e a água, o mar engoliu milhares e
milhares de cães desde o início do mundo. Não há a mais breve compaixão entre a
água e as plantas, entre a terra que desaba e os pequenos animais acabados de
nascer. A natureza avança com o que é forte e a cidade avança com o que é
forte: qual a dúvida? Queres o quê?
Não há animais injustos, não sejas imbecil. Não há inundações injustas ou desabamentos da maldade. A injustiça não faz parte dos elementos da natureza, um cão sim, e uma árvore e a água enorme, mas a injustiça não. Se a injustiça se fizesse organismo: coisa que pode morrer, então, sim, faria parte da natureza.
Gonçalo M. Tavares, in "Um Homem: Klaus Klump"
Não há animais injustos, não sejas imbecil. Não há inundações injustas ou desabamentos da maldade. A injustiça não faz parte dos elementos da natureza, um cão sim, e uma árvore e a água enorme, mas a injustiça não. Se a injustiça se fizesse organismo: coisa que pode morrer, então, sim, faria parte da natureza.
Gonçalo M. Tavares, in "Um Homem: Klaus Klump"
A selva nem sempre é tão simpática como parece na imagem
1 comentário:
Há muito ser humano que julga que praticar a lei da selva (a do mais forte) é natural, descendo assim ao nível anumalesco de onde saímos há muitos séculos.
Bjos da Sílvia
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