Um amigo fez o favor de me chamar
a atenção para uma entrevista no jornal Público com o director-geral do
Património, Elísio Sumavielle, que me apressei a ler.
Não me admirei da referência aos
aventais, que são recorrentes nas suas entrevistas, nem com a teoria dos
quintais que já conhecia, mas fixei-me mais no título da entrevista que deve
ser retirado das suas afirmações, já que está entre aspas, “Não podemos ter
medo de pensar no património como um negócio”.
A frase será no mínimo infeliz,
ainda que eu também pense que se deve rentabilizar o Património, o que apesar
de tudo é bem diferente. Bem a propósito do tal “negócio” lembrei-me da entrega
dos 3 palácios de Sintra à sociedade anónima de capitais públicos, Parques de
Sintra – Monte da Lua, primeiro com o Palácio da Pena e agora com a entrega
também do Palácio da Vila e do Palácio de Queluz.
Enquanto dirigente, e técnico
como gosta de se apresentar, Elísio Sumavielle reconhece que a direcção geral
que chefia não tem competência para gerir eficazmente estes 3 palácios
nacionais, ao entregar a sua gestão à dita empresa. No mínimo não terá nos seus
serviços pessoas capazes de fazer essa gestão, o que não é fácil de aceitar.
A propósito das entregas dos
palácios da Vila e de Queluz, chegou-me ao conhecimento que os funcionários dos
dois serviços ainda não foram contactados pela DGPC, da qual Elísio Sumavielle
é director, para explicações quanto ao seu futuro, apesar de já ter sido
aprovada a entrega no Conselho de Ministros do passado dia 18 de Julho, e já
esteja plasmado na página electrónica da referida empresa.
O negócio parece-me forçado e no quintal do director-geral há pouca informação aos colaboradores, que lhe deviam merecer o maior respeito.
PS - Acreditem ou não, eu pensava escrever sobre a Fundação Paula Rêgo, mas fico-me por aqui.
FOTOGRAFIA
1 comentário:
O senhor do avental já foi manda-chuva e não fez nada pela Cultura nem pela DGEMNe agora «dando de mão-beijada» as jóias da corôa do Património condena os museus e monumentos a definhar por falta de receitas. Respeito por quem trabalha não é apanágio deste governo.
Bjos da Sílvia
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