Já estamos habituados a ouvir os notáveis da nossa economia comentarem assuntos da sua área, quase sempre com discursos difíceis de entender pelo cidadão normal. Muitas vezes diz-se que eles falam em “economês” e não em português.
Ontem leram-se declarações de Carlos Tavares, presidente da CMVM, a propósito do seu desejo de ver reduzida a Taxa Social Única e o aumento do IVA. Dizia sobre o assunto, o ex-ministro da Economia, que a baixa da TSU e o aumento do IVA eram o equivalente actual à desvalorização da moeda.
Embora seja contra estas medidas, que acho que podem vir a ser o princípio do fim da nossa segurança social, nem me admira esta posição de Carlos Tavares, mas já fico pasmado quando ele diz que aumentar o IVA “não se trata de obter compensação da perda da receita que não é linear, porque se as empresas melhorarem a situação financeira, o Estado recolherá mais impostos sobre as empresas”.
O senhor Carlos Tavares também podia admitir que com pequenos aumentos de salários também se podia aumentar a produtividade, diminuindo assim o custo do trabalho, e ao mesmo tempo também se aumentavam os lucros e as receitas fiscais. É bem mais linear que a satisfação aumente a produtividade do que a insatisfação, ou estarei enganado?
1 comentário:
Porque não pede ele que as mais valias sejam alvo dos cortes como acontece com o nosso subsídio de Natal? Deve julgar que somos todos lorpas...
Lol
AnarKa
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