Este 1º de Maio em Portugal fica marcado pelo sinal negativo dado pelos patrões de dois grupos que detêm as duas maiores cadeias de hipermercados, que contra o que seria normal, decidiram a abertura daquelas superfícies comerciais.
Pouco importa saber se estão escudados pela lei, ou se pagam o dia a dobrar, porque o que salta aos olhos de todos nós é que isto é um claro retrocesso nos direitos laborais, que nos fazem recordar um tempo e uma prática que estavam enterrados desde o 25 de Abril de 1974.
Vir argumentar com o “direito ao trabalho” é do que é mais torpe e mais demagógico que se podia imaginar. Os dois senhores que são o rosto destes dois grupos económicos, têm idade suficiente para saberem bem que nesses tempos se tornou obrigatório o trabalho no 1º de Maio, exactamente para que não se pudesse usar esta data para se evitarem as manifestações que pudessem exaltar a força e a união de quem trabalha.
Esta atitude desnecessária e absolutamente dispensável é um descrédito à imagem de dois empresários que serão sempre recordados por más razões e ideias retrógradas.
3 comentários:
Eu sou uma pessimista alarmista, dizem-me recorrentemente,nos últimos anos, mas o que é certo é que, pouco a pouco, vou vendo cair por terra os direitos dos trabalhadores.Contrariamente ao que eu pensava que devia fazer-se, esses hipermercados estão cheios de clientes, também eles trabalhadores, que tiveram o direito de guardar este dia para usufruir como melhor entendessem.
Abraço fraterno
Bem-hajas!
Antigamente também eram muitos os que batiam palmas ao Botas, como hoje muitos são os que querem que "os outros" trabalhem todos os dias, para seu comodismo. Invejosos e bananas são espécies maioritárias, mas quando a maré muda, é vê-los a vestir a camisola de revolucionários e defensores das classe trabalhadoras.
Bjos da Sílvia
Azevedo e Santos são reacionários e arrogantes, não é novidade!
Pena que as pessoas se tenham que sujeitar dado o péssimo estado de vida em Portugal!!
Um abraço
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