sábado, novembro 07, 2009

O ESTICAR DA CORDA

Nos últimos anos começou a tornar-se evidente que todos os estratagemas para cortar nos custos com o pessoal iriam ser tentados por alguns gestores e patrões, muitas vezes sem qualquer lógica ou estratégia que pudessem redundar em mais produtividade, ou uma baixa de custos sem perda da qualidade.

Todos os que estamos ainda no mundo laboral conhecemos casos desta tendência cujos resultados têm sido negativos mas que satisfazem a vaidade e a bolsa de alguns indivíduos cujo futuro se limita a muito curto prazo e para quem as pessoas não passam de artigos descartáveis.

Por cá tivemos um hino de funcionários de uma autarquia (Portimão), lá fora as notícias de suicídios em empresas onde a gestão de pessoal é apenas um exercício de prepotência, ou os casos em que algumas vítimas de despedimentos acabam por cometer crimes e assassinatos claramente ocasionados pelos sentimentos de revolta, não podem ser simplesmente ignoradas como se não tivessem sido originadas por descontentamentos que se revelam de formas mais ou menos graves, mas que se revelam de alguma forma.

O lucro, a crise, a economia, não podem ser desculpas para se ignorar os impactos negativos que as sociedades podem causar nos seus cidadãos e para os quais devem estar devidamente preparadas e com planos de ajuda aos que por contingências da vida são menos afortunados.



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FOTOGRAFIA
zharikson

оАзис

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CARICATURA
Bowie por Filipe

Maradona por Filipe

Faria de Oliveira por Óscar

4 comentários:

Quint disse...

Até quando irão as pessoas acatar a mordaça que nos querem impor?

Bem "esgalhada" a caricatura de um dos nomes maiores do rock.

Pata Negra disse...

A receita tem sido: pagar a um gajo 8000 euros mensais para ele conseguir sugar até ao tutano as energias de uma data de de colaboradores que ganham 500. Temos portanto gestores de sucesso, dos mais bem pagos do mundo, e trabalhadores escravos a concorrer com os chineses.
Eles têm a cartilha e escrevem e têm comentadores de serviço na TV. E nós temos o quê? 500 euros e a esperança que um dia haja um reviralho? Não, um reviralho é pouco! Uma revolução? Não, uma revolução não deu! isto vai dar merda!
Um abraço e que o zé povinho não tenha apenas, como meta, ser zé povão!

Jorge P. Guedes disse...

Os lucros têm de continuar sem quebras. Daí, nada como dividir por 100 o trabalho que era feito por 150 ou 200. E cara alegre, que a crise de oferta de trabalho é grande!
Se isto não é o regresso à escravatura, eu sou um grilo!

Um abraço e bom fim-de-semana.

Anónimo disse...

O Zé vai continuara ser espremido enquanto não decidir acabar com os chupistas que sem produzir um avo embolsam os milhões que os escravos vão produzindo por uma ninharia.
Lol

AnarKa