terça-feira, julho 24, 2018

O REI E A MÚSICA


Sabe-se que alguns dos nossos reis manifestaram um gosto especial pela música, e ninguém ignora que D. João V encomendou os carrilhões de Mafra, ou que D. João VI encomendou os seis órgãos que estão hoje na Basílica de Mafra.

O gosto pela música por parte da realeza lusa é bastante anterior, basta mencionar o rei D. Dinis, mas pouco se fala de D. Manuel, que levou esse gosto a extremos.

Quando o rei se deslocava pela cidade de Lisboa, para além da verdadeira procissão que o acompanhava, que incluía um rinoceronte, elefantes, um leopardo e o seu séquito, também era acompanhado por trombeteiros e tambores. Quando se recolhia para os seus aposentos para descansar, mandava que lhe tocassem uma serenata.

Quando estava na Casa da Índia, no seu escritório, uma orquestra tocava para ele, e até quando às sextas-feiras estava no tribunal, lá se ouviam os sons de flauta e clavicórdio. Segundo Damião de Góis, o rei reuniu músicos de toda a Europa para a sua música de câmara e para a sua capela.

A tudo isto podemos juntar as muitas festas aos serões, onde imperava a música, a par com os comediantes e o próprio teatro.



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