A pálida luz da manhã de Inverno,
A pálida luz da manhã de Inverno,
O cais e a
razão
Não dão mais esperança, nem uma esperança sequer,
Ao meu
coração.
O que tem
que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a
acordar
Não há mais sossego, nem um vazio sequer,
Para o meu
esperar.
O que tem
que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.
Fernando Pessoa
1 comentário:
Sempre um privilégio ler Pessoa.
Aproveito para lhe desejar um Santo e Feliz Natal.
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