Os países da periferia da Europa
atravessam uma crise aguda, que deriva não só da doença, mas sobretudo da cura
que se pretendeu implementar como única resolução dos problemas.
Os cortes cegos e a austeridade absoluta
inviabilizaram o crescimento a prazo e empobreceram os países do sul, sem que a
dívida deixasse de aumentar, o que se tornou insustentável.
A cura forçada, que nos está a
atrofiar, levou-nos a uma despesa insustentável com o desemprego e com outras
despesas sociais, derivadas do desemprego crescente, e por outro lado o aumento
da dívida, que já ultrapassou os 130% do PIB, acarreta um serviço da dívida
impossível de comportar, mesmo com crescimentosanuais do PIB na casa dos 2 ou
3%, que estão fora de questão nos próximos 5 anos, pelo menos.
Os credores começam a perceber
que é preferível reestruturar a dívida, reduzindo juros e adiando amortizações,
do que arriscar o incumprimento por manifesta incapacidade de gerar receitas
suficientes para suportar os encargos actuais.
Passos Coelho e apaniguados serão
os últimos a aceitar esta realidade, mas outra coisa não seria de esperar de
quem faz da teimosia inconsequente a sua ideologia.
CARTOON
Adopção
2 comentários:
O láparo e seus apaniguados não concordam e compreende-se porque isso seria assumir o colossal fracasso da sua miserável política. O tempo vai resolver esta encrenca, mas a destruição está feita.
abraço
Os credores preferem receber menos juros e durante mais tempo do que não receber nada...
Bjos da Sílvia
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