Os governantes portugueses têm
beneficiado de verdadeira impunidade, apesar dos inúmeros casos conhecidos de
má governação e de prejuízos elevados causados ao Estado. Por norma
considera-se que as decisões políticas não podem ser criminalizadas, o que em
vários casos não faz qualquer sentido.
O caso das PPP’s é um dos casos
exemplares onde a impunidade é verdadeiramente incompreensível. Este tipo de
“negócio”, a que se chamou de parceria, começou logo desde o princípio por uma
mentira monumental, pois foi apresentado como um “negócio” sem custos para os
contribuintes.
Julgo que a mentira seria
suficiente para condenar os políticos que assim apresentaram as parcerias, mas
não se ficou por aí, porque também foram indicadas necessidades que não eram reais,
os custos derraparam e fala-se até de revisões de contratos que foram
prejudiciais para o erário público.
Os governantes que assinaram
estes contratos nunca foram chamados à responsabilidade, e os privados que
lucram com os seus erros, continuam a embolsar dinheiro, dos nossos impostos,
não são chamados a contribuir em conformidade.
Numa altura em que a generalidade
dos trabalhadores é chamada a esforços suplementares, esta situação é um
escândalo que descredibiliza ainda mais a política e a justiça nacionais.
3 comentários:
Claro que é. Mas este é o País da impunidade. Já Eça o afirmava.
Um abraço
Não basta ter razão
Não basta ter razão
Enviar um comentário