Há algum tempo atrás a palavra
dum indivíduo bastava para se firmar um qualquer contrato e a papelada era
apenas a formalização do acto, porque a palavra tinha valor e a redacção dos
documentos era apenas uma segurança exigida pelos advogados ou apenas a
documentação necessária para registar mudanças de propriedade ou similares.
Nos nossos dias a palavra perdeu
imenso valor e os documentos contratuais são coisas manhosas que exigem a
apreciação de diversos advogados, sob pena de serem armadilhas camufladas,
perigosas para quem os assinam de ânimo leve.
Hoje é normal ouvir uma ministra
dizer que não conhece um determinado produto financeiro, e logo de seguido ser
público que não só o conhecia como até já tinha emitido parecer sobre idêntico
produto. A palavra da ministra vale o que vale, a dos que a acusam também valem
o que valem, mas nós, os portugueses, ficámos a saber que é tudo uma trapalhada
e que alguém está a mentir.
Na realidade estamos a falar da
palavra duma ministra e de diversos responsáveis de empresas públicas, tudo
gente com responsabilidades mas que não quer assumir responsabilidades pelas
suas condutas respeitantes aos cargos que ocupam ou ocuparam.
1 comentário:
vamos ver se não passa disto, só conversa sem honra...
abraço
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