Os portugueses em geral não
viviam acima das suas possibilidades, bem ao contrário da ideia que muitas
cabeças comprometidas com o sistema e com o poder têm dito.
Os cidadãos acederam ao crédito,
porque ele era fácil, porque os bancos assim o pintavam, e porque o governo
incentivou a compra de casa própria, ao dificultar o mercado de arrendamento,
não tomando medidas para o criar.
O acesso ao crédito por parte das
famílias esteve sempre dependente dos rendimentos do trabalho, e só assim se
explica que até 2009 o incumprimento era residual. As coisas mudaram, as
políticas tomadas com a crise foram dirigidas aos rendimentos do trabalho, e aí
as coisas mudaram de figura.
Com a contração dos rendimentos
disponíveis do trabalho, a economia ressentiu-se, aumentando o desemprego,
diminuiu o consumo e aumentou o incumprimento. A culpa terá sido do
endividamento, ou pelo contrário das políticas de ajustamento do défice?
Os portugueses são conservadores
em termos económicos, e a prova está bem à vista de todos, pois a contração do
consumo foi superior à perda do poder de compra registado. Tirando a
alimentação, todos os sectores de bens transacionáveis mostram fortes reduções.
O consumo dos portugueses já se ajustou, mas com a diminuição de rendimentos
esperado para 2013, as coisas vão deixar de ser suportáveis, e agora as
reservas existentes já foram gastas, pelo que a situação se torna desesperada
para muita gente, sendo que se esperam problemas na área social, onde o governo
já foi longe de mais.
O tempo de sacar
responsabilidades a este governo aproxima-se, e as coisas não vão ser bonitas
de se ver…
By Ares
3 comentários:
Preparados para lhes dar a vassourada já somos muitos
Lol
AnarKa
O pior é que embora prudentes, são muito pacatos! Se não, como é que se explica que se deixem humilhar desta forma?!
Um abraço sem prestações
e depois admiram-se
se isto terminar ao coice
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