Nos últimos dias têm-se repetido alguns casos preocupantes que têm suscitado comentários bastante críticos de quem, por ser mais velho ou por ser mais informado, faz comparações com realidades da história, ainda recente de Portugal. Estas críticas, felizmente apoiadas por figuras insuspeitas e com peso na nossa sociedade, têm originado também alguns, poucos, comentários desfavoráveis de indivíduos ligados e dependentes do aparelho partidário do PS e uns quantos jornalistas que são conhecidos pelo apoio incondicional ao poder instituído.
Estes casos têm acontecido em serviços públicos e afectado servidores do Estado, mas têm tido em comum um factor algo bizarro, que é a delação. Eu, e muitos dos que já ultrapassámos há algum tempo o meio século de vida, preferimos usar um termo que caiu em desuso que é bufaria.
Desde Marcelo Rebelo de Sousa a António Barreto e Mário Soares, todos são unânimes em condenar estas acções e o recurso a estes métodos que todos julgavam mortos e enterrados. Um Estado democrático não pode ceder à tentação do autoritarismo, como disse António Barreto, sob pena de deixar de o ser.
Os últimos episódios a que assistimos são puros saneamentos de natureza política, baseados em denúncias e critérios que não são os da competência e do mérito no desempenho das funções. Parece que a Administração Pública não está ao serviço dos cidadãos mas sim dos governantes, o que é perfeitamente inconcebível para o comum dos mortais.
Estes casos têm acontecido em serviços públicos e afectado servidores do Estado, mas têm tido em comum um factor algo bizarro, que é a delação. Eu, e muitos dos que já ultrapassámos há algum tempo o meio século de vida, preferimos usar um termo que caiu em desuso que é bufaria.
Desde Marcelo Rebelo de Sousa a António Barreto e Mário Soares, todos são unânimes em condenar estas acções e o recurso a estes métodos que todos julgavam mortos e enterrados. Um Estado democrático não pode ceder à tentação do autoritarismo, como disse António Barreto, sob pena de deixar de o ser.
Os últimos episódios a que assistimos são puros saneamentos de natureza política, baseados em denúncias e critérios que não são os da competência e do mérito no desempenho das funções. Parece que a Administração Pública não está ao serviço dos cidadãos mas sim dos governantes, o que é perfeitamente inconcebível para o comum dos mortais.
*** * ***
ARTE
Autor desconhecido*** * ***
FOTO DE SINTRA
Sintra, Glorioso Éden – Lord Byron*** * ***
CARTOON
Paul Zanetti
7 comentários:
A denúncia sempre foi a arma dos cobardes.
Os tiques do passado e atentação do poder. Nós já passámos por isto, compete-nos dar o testemunho às novas gerações.
Cumps
Começa ser cada vez mais usual deitar um olhar em redor, de cada vez que tecemos um comentário crítico. Os incentivos à "bufaria" são uma nojeira que devia envergonhar este país.
Bjos
...é por essas e por outras, que temos que continuar a zelar pela nossa liberdade de expressão, todos os dias!
..O cartoon do Goraz é bastante explicito disso ;-)
Grandes desenhos e fotos!
Zé Povinho,
Muito obrigada pelo prémio/Nomeação. Já lá está, junto aos outros, depois dos links dos blogs :-D
Abraço
Eu que não vivi esse passado recuso-me a passar por ele...
cp's
BUFO, a nova profissão patrocinada pelo democratico governo eleitopor maioria absoluta.
E agora, votantes-Sócrates? Como podereis reparar o mal que haveis feito a vós e ao país?
Estou enojado, por isso cada vez menos publico sobre esta lamacice.
Olha, prefiro vir aqui e a outros lados desabafar. Desculpa-me.
Caros amigos
Eu também tento diversificar, mas com tanta porcaria que por aí há é inevitável colocar aqui uns salpicos. Vou ver se me curo, até porque a férias vêm aí.
Abraços
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