E ELE A DAR-LHE…

Fernando Ulrich afirmou na comissão de orçamento e finanças que não tinha que pedir desculpa aos portugueses pelas suas afirmações públicas anteriores, em que que disse que o povo aguentava mais austeridade, e que se os sem-abrigo aguentavam, então todos aguentavam situações piores.

Confesso que mesmo que ele pedisse desculpas elas iriam soar-me a falso, por isso não me aquece nem arrefece que ele as não peça. Uma coisa eu sei, é que para ele estão em primeiro lugar os interesses dos accionistas do banco, bem à frente dos interesses dos portugueses em geral, o que não abona nada a seu favor.

Termino dizendo que não me consta que Ulrich tenha dito aos accionistas do BPI que eles teriam que aguentar o encargo de capitalizarem o banco, conforme era exigido, com capitais próprios, porque não seria justo recorrer a um empréstimo do Estado, quando tantos portugueses passavam por muitas e terríveis dificuldades. 

Tantas afirmações lembram-me aquela frase: Ele a dar-lhe e a burra a fugir...