quarta-feira, maio 30, 2018

NÃO SOU RICO, MEUS SENHORES

Surpreendentemente, ou talvez não, a notícia de que o “governo, patrões e UGT de acordo nas alterações à lei laboral” e a outra segundo a qual “Portugal tem o gás mais caro da UE e o preço da luz é o segundo mais alto”, não foram dadas em sequência em nenhum telejornal das nossas televisões, mas sim com algumas notícias diversas de permeio.

Pode parecer que as duas notícias não estão relacionadas, mas pode não ser mesmo assim.

O patronato nacional estica cada vez mais a corda, acenando com o possível aumento do desemprego, dizendo que as empresas não suportam salários mais altos nem as empresas podem admitir mais funcionários nos seus quadros. O custo do trabalho vem sempre à baila, como se só estes tivessem influência nos custos globais das empresas.

Se juntarmos as duas notícias vemos que é evidente que a energia é um custo a ter em conta, e que neste campo os empresários portugueses estão em desvantagem clara com os concorrentes europeus, ao contrário dos custos salariais, que não alinham pelos valores mais altos, mas sim pelos mais baixos.  


Outra informação que torna isto mais evidente, prende-se com o preço dos combustíveis rodoviários, que também estão entre os mais altos, em termos de paridade do poder de compra, sabendo-se que muitas das nossas exportações (e importações) dependem do transporte rodoviário. 


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