terça-feira, outubro 31, 2017

REGRESSO AO PASSADO - PAÇO DE SINTRA



2ª Parte
 
Entra-se depois na Sala dos Brasões, ou dos Veados, ou ainda das Armas, salão quadrilongo com as paredes decoradas de azulejos do século XVII (episódios cinegéticos) e tecto em cúpula, formado por caixotins, com 72 cabeças de veado pintadas na madeira, as quais ostentam pendentes do pescoço os brasões das principais famílias nobres do século XVI. As armas dos Távoras e as dos duques de Aveiro foram mandadas apagar no séc. XVIII, após a execução daqueles titulares, implicados num atentado contra a vida de D. José.

Os seguintes versos, inseridos no friso, mostram o intuito de D. Manuel I ao determinar a ornamentação que referimos:

POIS COM ESFORÇOS E LEAIS – SERVIÇOS FORAM GANHADOS,
COM ESTES E OUTROS TAIS – DEVEM DE SER CONSERVADOS.

Trata-se de obra admirável. Repare-se na formusura das janelas do mesmo salão e, abrindo-as, nos quadros de encantadora paisagem que elas patenteiam.

Regressa-se agora ao corpo central do Paço, bem manuelino na decoração. À direita dica-nos o Pátio da Carranca; passa-se pela Sala da Coroa, que dá para outro pátio, de Diana (fonte do Renascimento e azulejos de relevo)…

(Continua)


Nota: Esta descrição era muito comum à época, e continuou a ser usada por muita e boa gente, mas alguns aspectos vieram depois a ser corrigidos à medida em que se começou a aperfeiçoar o conhecimento do monumento.

Sem comentários: