sexta-feira, julho 28, 2017

OLHARES

Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste. 

Sigmund Freud

quarta-feira, julho 26, 2017

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO



Em Portugal dá-se, infelizmente, pouca importância à comunicação, que muitas vezes acaba por ser confundida com publicidade.

Recentemente o governo permitiu (?) que as informações sobre os incêndios fossem centralizadas em Lisboa, “libertando” assim os comandantes dos bombeiros da tarefa de informar os órgãos de comunicação social, sobre o andamento das operações.

O resultado tem sido uma verdadeira trapalhada, com comunicações duas vezes ao dia, com uma página da internet com informações que são contrariadas pelos autarcas das regiões flageladas pelas chamas, e noticiários em que os repórteres emitem opiniões pessoais e desabafos dos cidadãos desesperados, aumentando assim o alarme social.

Pode e deve-se controlar a comunicação política, já os factos, como a realidade dramática dos incêndios, não pode nem deve ser escondida ou filtrada, pelo menos do modo agora ensaiado.

Erros como o de não divulgar a lista das pessoas mortas num incêndio, ou sobre a gravidade da queda de um meio aéreo, só descredibilizam as autoridades e o governo. A impressão que fica é a de que se tenta esconder responsabilidades e descoordenação, e é esse o discurso que vai vingar a partir de agora, e era mais do que previsível.



segunda-feira, julho 24, 2017

UMA DÚVIDA EM ABERTO

Por vezes somos surpreendidos por coisas que não conseguimos explicar, e esta escada é um desses casos, pois não existem registos dela, e também porque não pudemos levantar umas telhas do telhado adjacente para tentar encontrar pistas para explicar a sua existência.

Creio que este telhado irá ser intervencionado em breve, e será uma oportunidade para resolver o mistério, espero eu...

Estas duas fotografias foram tiradas entre as duas chaminés do Palácio da Vila.


sábado, julho 22, 2017

IMAGENS

Uma limpeza às imagens do telemóvel, fez-me  trazer aqui duas fotografias que apesar da sua (má) qualidade, me fizeram querer voltar ao local onde foram tiradas...


quinta-feira, julho 20, 2017

A PASSAROLA VOADORA



Um dos assuntos relativos às experiências de Gusmão que maior curiosidade tem despertado é o de conhecer o feitio que teria a sua Passarola. Infelizmente nada sabemos de certeza embora existam desenhos da época que foram divulgados como representação da máquina voadora.
 
O desenho mais antigo que se conhece é de Maio de 1709, isto é, anterior de três meses à data das experiências de Lisboa, e faz parte dum folheto publicado em Viena de Áustria! A partir dessa data aparece o mesmo desenho reproduzido noutras publicações, com algumas diferenças de pormenor.

A fantasiosa estampa (ver fig.) foi imaginada pelo próprio Bartolomeu de Gusmão que desse modo infeliz se quis divertir com a ansiosa expectativa dos lisboetas nas vésperas das anunciadas experiências. Fingiu o inventor que perdera o desenho da sua máquina, deixando-o cair do bolso em qualquer lugar público. Este desenho, ou sua cópia, depressa seria conhecido na Áustria por intermédio da correspondência da rainha [a esposa de D. João V era austríaca].

In História dos Balões de Rómulo de Carvalho



terça-feira, julho 18, 2017

MUSEUS E FALTA DE PESSOAL



Muito tem sido dito sobre este assunto, recentemente por causa do Museu nacional de Arte Antiga, mas pouco se tem feito e por parte da tutela poucas explicações se têm ouvido.

Todos perceberam já que a não admissão de pessoal suficiente para manter a abertura dos museus, palácios e monumentos em condições de segurança, se deve a políticas restritivas e de contenção de despesas, mas o problema não fica por apenas por aí.

Os processos de admissão são complexos e demorados, e têm sempre que passar na tutela das tutelas, o Ministério das Finanças, que se rege por números e não pelas necessidades comunicadas pelos serviços, como se sabe.

Os problemas não se resumem apenas às verbas e às autorizações das Finanças, mas também à organização e às carreiras, que terão sido “simplificadas”, reduzindo-se na Cultura (e boa parte dos ministérios) a apenas 3 categorias: técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais.

Ao contrário do que se possa inferir pela informação do sítio do MNAA (constante na imagem abaixo), não existem vigilantes/recepcionistas, mas sim assistentes técnicos que desempenham funções na vigilância, bilheteiras e lojas. Os profissionais que desempenham estas funções têm exactamente a mesma categoria profissional dos que trabalham nas secretarias de todos os serviços, de outros que trabalham na DGPC, no MC, e em outros ministérios, admitidos com as mesmas exigências e salários, mas são obrigados a trabalhar com um horário excepcionado (sábados, domingos e feriados), sem qualquer benefício que os distinga dos seus pares.

Assim se explicam dificuldades de recrutamento, de fixação de profissionais e também o descontentamento geral, de quem tem obrigações acrescidas, que não têm qualquer compensação que equilibre essa disponibilidade.

Era da mais elementar justiça colocar estes profissionais numa carreira específica, reconhecendo-lhes direitos correspondentes às obrigações…



domingo, julho 16, 2017

EXPLORAÇÃO E FALTA DE VERGONHA



Não gosto de generalizar, porque é perigoso, mas existem patrões que são uns verdadeiros exploradores, e isto aplica-se a patrões portugueses e estrangeiros, que apenas podem ser colocados na ordem com legislação e fiscalização por parte do Estado português.

Com o Estado a dar muito mau exemplo, assistimos a abusos por parte de patrões sem escrúpulos, que até nem se eximem de o manifestar em público, porque as leis laborais lhes são favoráveis e os governos não têm coragem para as mudar, protegendo os mais fracos numa relação laboral, os trabalhadores.

Estou-me a recordar dum patrão que entrou há pouco tempo na nossa praça, e que está a reforçar a sua presença em Portugal, que não teve nenhum rebuço em afirmar: “Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder.”

O pensamento liberal do anterior governo e a paralisia do actual, fazem com que a balança nas relações laborais esteja sempre a colocar o patronato em posição dominante, quando devia ser o Estado a equilibrar as posições.


sexta-feira, julho 14, 2017

SITEMA DE SEGURANÇA MODERNAÇO

Para o visitante típico de museus, palácios e monumentos, a segurança do Património exposto nestes locais é da inteira responsabilidade dos vigilantes que encontram enquanto os visitam.

Infelizmente estão ligeiramente equivocados, primeiro porque estes têm poucos instrumentos legais para actuar, para além da admoestação firme mas cortez, e estão sempre limitados pelo número de salas a seu cargo, pela consciência cívica dos visitantes, e pelas condições expositivas, que não são da sua responsabilidade, claro.

Deixo-vos aqui um tesourinho da segurança museológica, composto por fio de pesca amarrado às peças, que já não via desde os anos 60 num monumento nacional. Estas peças. e outras também atadas a fio de pesca, estão a menos de um metro de distância das cordas delimitadoras, o que diz tudo... 
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segunda-feira, julho 10, 2017

A IGNORÂNCIA

As verdadeiras conquistas, as únicas de que nunca nos arrependemos, são aquelas que fazemos contra a ignorância.

Napoleão Bonaparte


sábado, julho 08, 2017

ESCULTURAS

Muitas vezes visitamos um monumento e não temos tempo para admirar os detalhes, e isso acontece com frequência em monumentos de grande dimensão como o Palácio Nacional de Mafra.

Na Basílica existem inúmeras estátuas de excelente qualidade que por si sós merecem uma visita bem demorada.

As duas fotografias abaixo não são de qualidade (foram tiradas com o telemóvel) mas servem para ilustrar o que digo.
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sexta-feira, julho 07, 2017

POR QUE FALTAM VIGILANTES NOS MUSEUS?



As notícias sobre o encerramento de andares inteiros no Museu de Arte Antiga, e do desconto de 50% no preço dos bilhetes, vieram trazer à tona o que já se sabia há vários anos: não há pessoal de vigilância nos museus em quantidade suficiente para as necessidades permanentes dos serviços.


Os vigilantes existentes há 3 anos eram insuficientes e já com um nível etário demasiado alto, mas abriu mais um museu, o dos Coches, e aumentaram-se os espaços visitáveis, tanto nas Janelas Verdes como no Chiado, com admissões que não cobriram as saídas, por reforma ou por transferências para outros ministérios, mas isso não alertou os responsáveis.


Ainda recentemente, por altura da Páscoa, houve uma greve destes trabalhadores, e alguns directores “aconselharam” funcionários a não aderir, especialmente os que estavam em situação precária, e não satisfeitos com isso, abriram as portas dos serviços nessa ocasião, sem o número suficiente de vigilantes, para esvaziar o propósito da greve e para agradar à tutela.


O resultado está aí, e não se resume ao MNAA. Não adianta chorar lágrimas de crocodilo, senhores directores, porque como se sabe muitos ficaram caladinhos para não levantarem ondas, outros retiraram da vigilância muitos profissionais, levando-os para outros serviços, nem sempre justificáveis, mas beneficiando assim de um horário normal, ao contrário dos restantes colegas, que trabalham sábados, domingos e feriados.


O descontentamento, a exaustão, a desmotivação resultantes dos maus salários, desvalorização das suas funções, falta de diálogo, desorganização e horários pouco amigos da família e da sua vida pessoal, estão à vista. Trabalhadores a rondarem os 60 anos e mais, com dezenas de anos de trabalho em constante contacto directo com o público, como se sentirão?


Quanto às novas admissões talvez seja útil saber-se qual a percentagem dos recentemente admitidos (à cerca de um ano) estão ainda a desempenhar as funções de vigilância e qual o seu grau de satisfação. Sabemos que muitos já “deram o salto” para outros ministérios, para usufruírem de horários normais, e outros estão já em processos concursais ou aguardando transferência exactamente pelo mesmo motivo. Outro detalhe da insatisfação é o ordenado bruto de 683.13€.


Importa conhecer a realidade para se perceber as razões que levam a que esta situação nos museus tenda a agravar-se. Exigir-se condições especiais a trabalhadores com uma categoria de uma carreira geral (assistente técnico) é injusto e até discriminatório.