quarta-feira, abril 27, 2016

MUSEUS – A GESTÃO PÚBLICA



Devo começar por reafirmar a minha opinião de que a gestão pública não tem que ser pior do que a privada, seja na Cultura, seja em qualquer outro campo.

A minha convicção esbarra quase sempre na realidade, mas as explicações para a má gestão pública dos museus podem ser diversas, e sobre elas convém reflectir.

Os orçamentos da Cultura são sempre muito inferiores às necessidades básicas de funcionamento, de manutenção e de programação, e não se fazem omeletes sem ovos.

A rigidez das regras de despesa são demasiado rígidas e morosas, e são muitos os dirigentes que nem sequer se atrevem a solicitar verbas, sabendo que não o fazendo ficam mais bem vistos pela tutela.

Tendo em conta os dois anteriores considerandos, e sendo um facto que os gestores não existem nos museus públicos, ou em conjuntos de equipamentos desta natureza, o resultado só pode mesmo ser desastroso.

Porque será então que com tão maus resultados não são demitidos os responsáveis dos museus e monumentos de gestão pública? A resposta divide-se em diversas partes, começando pela falta de verbas (as Finanças também merecem), os recursos humanos são escassos e com baixas qualificações (aqui fala-se só dos que dão a cara todos os dias), e nunca se ouve falar da incompetência, do imobilismo e da passividade dos responsáveis dos serviços, porque é feio.

Existem outros modelos que já foram experimentados, cá dentro e lá fora, e que tiveram bons resultados. Porque é que se não replicam?



2 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Pois não sei.
Amigo, dá para passar pelo Sexta hoje?
Abraço

Mar Arável disse...

entretanto... estão sempre a florir cravos no chão que pisamos