quinta-feira, março 17, 2016

QUE FUTURO PARA BELÉM?

Já todos percebemos que o que esteve em causa na recusa do plano do eixo cultural Belém/Ajuda foi o do protagonismo de António Lamas e da centralização do poder na sua pessoa. O plano em si mesmo era bom, mas todos queriam ter a sua dose de protagonismo, o que nunca deu certo em Sintra, nem pode dar certo aqui em Lisboa.

O que se teme é que tudo fique exactamente na mesma, porque “os párocos das diversas capelinhas” nunca se hão-de entender num projecto de gestão integrada.

O ministério da Cultura e a DGPC têm grandes problemas, começando pela falta de dinheiro e duma estrutura pesadíssima, em que as decisões chegam sempre tarde, quando chegam, e dependem sempre da política do governo e do todo-poderoso ministério das Finanças. As verbas recolhidas na zona de Belém são indispensáveis ao funcionamento da DGPC e dos museus e monumentos que estão sob a sua alçada, e este ano tem também em mãos o caso do falido Museu do Côa, que passou por uma experiência como fundação, que correu obviamente muito mal.

A Câmara de Lisboa tem outra estrutura pesada e muitos outros museus e equipamentos culturais, dependentes da EGEAC, que também não primam pela eficácia na captação de públicos e de receitas.

O novo responsável pelo CCB, Elísio Summavielle, também manifestou vontade de se manter afastado da responsabilidade resultante dum envolvimento nesta matéria, centrando-se no que está directamente a seu cargo.  


João Soares promete novidades nesta matéria num futuro próximo, mas dificilmente conseguirá “tirar coelhos da cartola”.

Belém 1940

1 comentário:

Anónimo disse...

O Só Ares tem agora o menino nas mãos, mas duvido que encontre alguém com os coisos no lugar para fazer em Belém algo idêntico ao que existe em Sintra. O Côa foi mais uma experiência muito cara que todos vamos pagar.
Bjo da Sílvia