quarta-feira, julho 09, 2014

A REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA É INEVITÁVEL



Os países da periferia da Europa atravessam uma crise aguda, que deriva não só da doença, mas sobretudo da cura que se pretendeu implementar como única resolução dos problemas.

Os cortes cegos e a austeridade absoluta inviabilizaram o crescimento a prazo e empobreceram os países do sul, sem que a dívida deixasse de aumentar, o que se tornou insustentável.

A cura forçada, que nos está a atrofiar, levou-nos a uma despesa insustentável com o desemprego e com outras despesas sociais, derivadas do desemprego crescente, e por outro lado o aumento da dívida, que já ultrapassou os 130% do PIB, acarreta um serviço da dívida impossível de comportar, mesmo com crescimentosanuais do PIB na casa dos 2 ou 3%, que estão fora de questão nos próximos 5 anos, pelo menos.

Os credores começam a perceber que é preferível reestruturar a dívida, reduzindo juros e adiando amortizações, do que arriscar o incumprimento por manifesta incapacidade de gerar receitas suficientes para suportar os encargos actuais.

Passos Coelho e apaniguados serão os últimos a aceitar esta realidade, mas outra coisa não seria de esperar de quem faz da teimosia inconsequente a sua ideologia.



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2 comentários:

maceta disse...

O láparo e seus apaniguados não concordam e compreende-se porque isso seria assumir o colossal fracasso da sua miserável política. O tempo vai resolver esta encrenca, mas a destruição está feita.

abraço

Anónimo disse...

Os credores preferem receber menos juros e durante mais tempo do que não receber nada...
Bjos da Sílvia