terça-feira, dezembro 31, 2013

sábado, dezembro 28, 2013

A IMPORTÂNCIA DOS SIMPLES

Neste país onde quase todos fazem questão de ostentar um título, seja doutor, engenheiro, arquitecto, ou outra coisa qualquer, que à partida lhe dá uma “importância” que os outros, os menos letrados não têm, por vezes a realidade acaba por colocar as coisas nos seus lugares.

A sociedade actual é muitíssimo diversificada e torna-nos dependentes uns dos outros, já que cada um se concentra num determinado trabalho, ou numa especialidade, dependendo por isso dos outros em quase tudo o resto, por muito que alguém se julgue muito “especial”.

A greve do pessoal da recolha de lixo da cidade de Lisboa deixou a capital num estado lastimoso, e trata-se de pessoal com baixos salários, que não ostentam mestrado nem doutoramentos, mas que são indispensáveis ao município, como se vê pelo estado lastimo das ruas nesta quadra.


Sabemos que há quem ostente títulos que não possui, para se dar a si próprio mais importância, contudo é o que fazemos que nos torna importantes e não a vaidade do título ou os pergaminhos familiares.


quinta-feira, dezembro 26, 2013

A TRADIÇÃO...

Cavaco Silva volta seguir a tradição de promulgar o Orçamento de Estado, apesar de muitas e fundamentadas dúvidas sobre a constitucionalidade de diversos itens, suscitadas por muitas e variadas pessoas.

A atitude de promulgar o OE apesar das dúvidas pode ser interpretada como um claro apoio a este governo, por parte do Presidente, como aconteceu já nos últimos anos.

Governo e Presidente dão muito pouca importância à Constituição que juraram respeitar e isso deixa-nos verdadeiramente preocupados, porque esta é a lei fundamental do país.


Também devemos salientar a tradição do cidadão Cavaco Silva, pois mais uma vez demonstra que continua a julgar  ser uma pessoa sem dúvidas e que nunca se engana…


domingo, dezembro 22, 2013

CURIOSIDADES DA HISTÓRIA

Muito se tem dito sobre o casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre mas por facilidade não se mencionam alguns factos que não deixam de ser interessantes.

O encontro para se acertarem as cláusulas do casamento entre John of Gount, pai de D. Filipa, com D. João I aconteceu na Ponte do Mouro, entre Melgaço e Monção. D. João I, sem conhecer nenhuma das infantas, filhas do nobre inglês, decidiu-se pela mais velha, D. Filipa, que tinha então 27 anos de idade. O compromisso foi tomado no dia 1 de Novembro de 1386.

Os dois encontraram-se ainda nesse mesmo mês no Paço Episcopal do Porto, na presença do bispo, tendo trocado então presentes, relicários de ouro, ornados de pedras preciosas. Desconhece-se qualquer menção à beleza de D. Filipa, sabendo-se apenas que era loura de olhos claros e recatada.

Em regra diz-se que o casamento teve lugar no Porto a 2 de Fevereiro de 1387, contudo, confrontando a narrativa de Fernão Lopes com os preceitos da doutrina canónica da Idade Média, a cópula carnal só teve lugar no dia 14 desse mês, data em que se tornou o casamento «rato» (indissolúvel).

Para que conste, o casamento só se tornou válido quatro anos mais tarde, quando o Papa Bonifácio IX finalmente expediu a bula «Divina Disponente» pela qual desobrigou o monarca português dos votos da Ordem de Avis.


Extraído e adaptado de “Ascendência Portuguesa da Casa Real”


sexta-feira, dezembro 20, 2013

A CONCEPÇÃO MIRACULOSA

Parece que há muitas “virgens” americanas que reclamam ter ficado grávidas sem nunca terem tido relações sexuais e sem recorrer a fertilização medicamente assistida.

Estas gravidezes “imaculadas” norte-americanas, uma em cada 200 mulheres, entre os 15 e os 18 anos, não se devem a alguma crença ou a algum fervor religioso, mas sim a uma tola convicção que deriva de ignorância.


Não conheço qualquer estudo feito em Portugal mas estou convicto de que os resultados seriam bastante diferentes, e casos destes seriam muito mais raros, mas quem sabe, até posso estar enganado…


quarta-feira, dezembro 18, 2013

ENVELHECER

O país está a envelhecer e os portugueses que estão no Outono da vida vêem o seu futuro cada vez mais ameaçado.

Depois de uma vida de trabalho os cidadãos esperavam poder descansar e ter uma vida decente, mas à pala da crise estão a ser roubados por um governo que corta aos pobres e poupa os ricos.

segunda-feira, dezembro 16, 2013

O DISCURSO DA TRETA

Dizem-nos que estamos à beira de ver a troika pelas costas, mas a verdade é que nenhum  dos responsáveis governamentais nos diz quando é que começaremos a ver melhorias na nossa vida.


domingo, dezembro 15, 2013

PRIVATIZAR SAI MUITO CARO



Durante muitos anos e diversos governos muitos políticos tentaram fazer-nos crer que a privatização das empresas públicas iria ser benéfica para economia e para os cidadãos, e a concorrência aparecia sempre na argumentação, ainda que o país não tivesse dimensão para a concorrência em muitos dos negócios a privatizar.

Como convém nestes casos, as privatizações recaíram sobre as empresas que davam lucro e proporcionavam receitas ao Estado, e o encaixa de capital foram sendo delapidados pelos governos que faziam as tais privatizações. A EDP, A GALP, a ANA, a REN, e outras mais, passaram para os privados, em certos casos para empresas estatais de outros países, e mesmo assim o país continuou a aumentar a sua dívida.

Os cidadãos em nada beneficiaram com as privatizações, nem pelos preços dos serviços prestados, que dispararam, nem pela concorrência pois os preços continuaram a estar demasiado concertados para que alguém acredite em concorrência.

Com tudo isto houve algo que os políticos e os economistas nunca nos disseram, que é o facto de que sem as receitas que estas empresas, que foram privatizadas, o Estado para se financiar teve de subir impostos para cobrir a falta das mesmas. Ficámos a saber quem lucrou ficando com negócios rentáveis e quase monopolistas, e também é fácil deduzir a quem saiu a fava e terá que pagar o pato.


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sábado, dezembro 14, 2013

MAIS UMA MENTIRA

Mentir é feio, dizia eu há muitos anos atrás aos meus filhos, procurando fazer deles homens e mulheres em quem se pudesse confiar. Faz parte da educação que os pais podem e devem dar aos seus filhos, para seu bem e para o bem da sociedade.

Desde o meio do Verão passado, pelo menos, ouvimos os senhores governantes e alguns analistas próximos do governo, proclamarem aos quatro ventos que devido às políticas implementadas, e recusaram sempre o factor sazonal e a imigração como motivo para os números pífios de diminuição do desemprego.

A verdade não tardou a evidenciar-se e os números mostram que o emprego teve uma queda homóloga de 2,4% no 3º trimestre deste ano, números só ultrapassados por Chipre, Grécia e Espanha.


Os tais sinais ténues de retoma do emprego eram um barrete e na boca de quem tem informação privilegiada e dados actualizados, as afirmações de optimismo eram mentiras premeditadas.


quarta-feira, dezembro 11, 2013

JÁ NÃO HÁ PACIÊNCIA



Num dia vem a chefe do FMI, Christine Lagarde alertar para os perigos do excesso de austeridade nas ajudas a Portugal, para logo no seguinte vir um subalterno dizer que o rumo de austeridade é para manter.

Por cá também temos os mais troikistas que a troika e aqueles que por vezes dizem que basta de austeridade. Não há quem aguente este diz que disse, até porque o governo já foi longe demais nesta receita que atirou Portugal para os níveis anteriores ao início do século.

Na minha terra diz-se que quando há quem não veja que está a mais, a única solução que os outros têm é a de correr com eles. A troika estrangeira está a mais e a troika nacional também, por isso temos de correr com eles das nossas vidas, n em que seja à pedrada…  


segunda-feira, dezembro 09, 2013

OS REFERENDOS



Não é uma prática habitual em Portugal fazerem-se referendos, ao contrário do que se passa noutros países, como a Suíça por exemplo.

A ideia mais recente de fazer um referendo partiu dum grupo de deputados do PSD, e o motivo desta proposta deve-se ao facto de os deputados do PSD não terem sido mandatados eleitoralmente sobre o tema da co-adopção de crianças por homossexuais.

É curioso o interesse súbito dos deputados do PSD pela fórmula do referendo, que foi recusado em casos como a integração europeia ou a entrada no euro, para dar apenas dois exemplos de assuntos muito importantes.

A hipocrisia política que está contida nesta proposta de referendo, e o motivo aduzido: a falta de mandato eleitoral para este assunto em concreto, fazem com que a política cada vez mais deixe um odor nauseabundo no ar…



sexta-feira, dezembro 06, 2013

ESTADO ENDIVIDA-SE PARA DESPEDIR



Quem não se lembra dos senhores que alinham com os subscritores do pacto que nos fez ficar ainda mais dependentes dos interesses estrangeiros, que disseram que o Estado não tinha dinheiro nem para pagar salários e pensões, e que agora dizem que não há margem para aliviar a austeridade?

Pois os mesmo senhores que dizem tudo isto vêm agora aprovar que o Estado se endivide para pagar as indemnizações por despedimentos sem justa causa, de funcionários públicos e dos trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo.

Não há dinheiro, dizem eles, mas entregam a pataco empresas lucrativas e desmantelam outras que ainda há pouco deixaram afundar por má gestão e por inércia política, para não falar de outras coisas mais escuras que se ouvem por aí.


CARTOON

terça-feira, dezembro 03, 2013

UMA ESPERANÇA EM TEMPOS CONTURBADOS

Em tempos conturbados onde o descontentamento é grande e o poder ignora as necessidades do povo, este documentário vem mesmo a calhar, mesmo que em castelhano.

domingo, dezembro 01, 2013

ÉTICA A NICÓMACO



O livro intitulado "Ética a Nicómaco" é da autoria de Aristóteles e foi dedicado ao seu pai, cujo nome era Nicómaco. Esta é a principal obra de Aristóteles sobre Ética e é constituída por dez livros, onde Aristóteles é como um pai que está preocupado com a educação e felicidade do seu filho, mas também tem por objectivo fazer com que as pessoas pensem sobre as suas acções, colocando assim a razão acima das paixões, procurando a felicidade individual e colectiva, porque o ser humano vive em sociedade e as suas atitudes devem ter em vista o bem comum. Nas obras aristotélicas, a ética é vista como parte da política que precede a própria política, e está relacionada com o indivíduo, enquanto que a política retrata o homem na sua vertente social.

Para Aristóteles, toda a racionalidade prática visa um fim ou um bem e a ética tem como propósito estabelecer a finalidade suprema que está acima e justifica todas as outras, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade, e não se trata dos prazeres, riquezas, honras, e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra entre os extremos e só é alcançada por alguém que demonstre prudência.

Esta obra foi muito importante para a história da filosofia, uma vez que foi o primeiro tratado sobre o agir humano da história.