terça-feira, setembro 17, 2013

NO REINO DA MENTIRA



Há algum tempo atrás a palavra dum indivíduo bastava para se firmar um qualquer contrato e a papelada era apenas a formalização do acto, porque a palavra tinha valor e a redacção dos documentos era apenas uma segurança exigida pelos advogados ou apenas a documentação necessária para registar mudanças de propriedade ou similares.

Nos nossos dias a palavra perdeu imenso valor e os documentos contratuais são coisas manhosas que exigem a apreciação de diversos advogados, sob pena de serem armadilhas camufladas, perigosas para quem os assinam de ânimo leve.

Hoje é normal ouvir uma ministra dizer que não conhece um determinado produto financeiro, e logo de seguido ser público que não só o conhecia como até já tinha emitido parecer sobre idêntico produto. A palavra da ministra vale o que vale, a dos que a acusam também valem o que valem, mas nós, os portugueses, ficámos a saber que é tudo uma trapalhada e que alguém está a mentir.

Na realidade estamos a falar da palavra duma ministra e de diversos responsáveis de empresas públicas, tudo gente com responsabilidades mas que não quer assumir responsabilidades pelas suas condutas respeitantes aos cargos que ocupam ou ocuparam.  



1 comentário:

maceta disse...

vamos ver se não passa disto, só conversa sem honra...

abraço