sexta-feira, dezembro 14, 2012

OS ESTUDOS DA TRETA



Este governo é pródigo em tomar decisões apoiado em estudos e nas normas contidas no programa de resgate assinado com a troika, pelo menos é essa a mensagem que passa.

Nestes dias fala-se muito no corte das indemnizações por despedimento, que passaria de 20 dias por ano de trabalho, para apenas 12. As razões para os ditos cortes foram: por estar previsto no memorando de entendimento, o que não é verdade, e porque era baseado em estudos em que Portugal comparava mal com os parceiros europeus.

Os estudos a que o governo se refere não se conhecem, nem existem, a menos que sejam desprovidos de qualquer credibilidade. Ao comparar realidades desta natureza (indemnizações por despedimento), não se pode deixar de lado, como factor de ponderação, o nível salarial, e isso conduziria a conclusões muito diferentes das que se pretendem tomar.

Pede-se aos políticos mais seriedade e mais verdade, sem as quais deixam de merecer qualquer respeito por parte dos cidadãos. Mentir não pode ser uma constante na política nacional. BASTA!



2 comentários:

Pata Negra disse...

Estudos, números, receitas - faz-lhe um manguito que seja mais que um gesto!
Um abraço sem tretas no braço

A. João Soares disse...

Caro Zé Povinho,

Tratando-se de uma quantidade de ignorantes, embora, por vezes, com diplomas pretendem camuflar a sua incapacidade citando estudos os quais ou não existem ou são encomendados para justificar decisões intuitivas já tomadas. Foi assim que o Estado gastou milhões em estudos a justificar a construção do Aeroporto de Lisboa na OTA, e que depois acabou por passar para Alcochete, onde parece não ter sido dada a primeira cavadela.

Também deve ter havido muitos estudos para parar a barragem de Foz Côa, para respeitar uma gravuras que seriam melhor guardadas de outra forma e que, agora, ninguém visita.
O mesmo se passou com a pedreira do Galinha na Serra de Aire que o Estado acabou por comprar para manter as pegadas de dinossauro e que agora desapareceram com os efeitos das condições atmosféricas.

Também na CREL, em Loures se fez a construção em túnel em vez de ser em vala, gastando a mais uma pipa de massa, para poupar uma pegada de dinossauro que agora nem sequer esta visitável.
Tudo isso foi deito sem uma análise realista e a decisão foi tomada para os políticos não virem a ser acusados de incultos e ignorantes. Enfim, são uns complexados e nem os diplomas obtidos à pressa lhes retiram os preconceitos e lhes dão coragem.

Desejo que esta quadra festiva seja passada com o maior prazer e esperança de que o próximo ano não seja tão mau, como por aí se diz.
Que o blogue continue com sequência a defender a verdade e as melhores soluções para os problemas da humanidade.

Abraço
João