quinta-feira, agosto 09, 2012

SOBRE CULTURA


Um amigo fez o favor de me chamar a atenção para uma entrevista no jornal Público com o director-geral do Património, Elísio Sumavielle, que me apressei a ler.

Não me admirei da referência aos aventais, que são recorrentes nas suas entrevistas, nem com a teoria dos quintais que já conhecia, mas fixei-me mais no título da entrevista que deve ser retirado das suas afirmações, já que está entre aspas, “Não podemos ter medo de pensar no património como um negócio”.

A frase será no mínimo infeliz, ainda que eu também pense que se deve rentabilizar o Património, o que apesar de tudo é bem diferente. Bem a propósito do tal “negócio” lembrei-me da entrega dos 3 palácios de Sintra à sociedade anónima de capitais públicos, Parques de Sintra – Monte da Lua, primeiro com o Palácio da Pena e agora com a entrega também do Palácio da Vila e do Palácio de Queluz.

Enquanto dirigente, e técnico como gosta de se apresentar, Elísio Sumavielle reconhece que a direcção geral que chefia não tem competência para gerir eficazmente estes 3 palácios nacionais, ao entregar a sua gestão à dita empresa. No mínimo não terá nos seus serviços pessoas capazes de fazer essa gestão, o que não é fácil de aceitar.

A propósito das entregas dos palácios da Vila e de Queluz, chegou-me ao conhecimento que os funcionários dos dois serviços ainda não foram contactados pela DGPC, da qual Elísio Sumavielle é director, para explicações quanto ao seu futuro, apesar de já ter sido aprovada a entrega no Conselho de Ministros do passado dia 18 de Julho, e já esteja plasmado na página electrónica da referida empresa.

O negócio parece-me forçado e no quintal do director-geral há pouca informação aos colaboradores, que lhe deviam merecer o maior respeito.
 
PS - Acreditem ou não, eu pensava escrever sobre a Fundação Paula Rêgo, mas fico-me por aqui.

FOTOGRAFIA

1 comentário:

Anónimo disse...

O senhor do avental já foi manda-chuva e não fez nada pela Cultura nem pela DGEMNe agora «dando de mão-beijada» as jóias da corôa do Património condena os museus e monumentos a definhar por falta de receitas. Respeito por quem trabalha não é apanágio deste governo.
Bjos da Sílvia