sábado, agosto 11, 2012

PORQUE O POVO DIZ VERDADES


Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.

Vem perto o fim do capricho
Dessa nobreza postiça,
Irmã gémea da preguiça,
Mais asquerosa que o lixo.

Já o escravo se convence
A lutar por sua prol
Já sabe que lhe pertence
No mundo um lugar ao sol.

Do céu não se quer lembrar,
Já não se deixa roubar,
Por medo ao tal satanás,
Já não adora bonecos
Que, se os fazem em canecos,
Nem dão estrume capaz.

Mostra-lhe o saber moderno
Que levou a vida inteira
Preso àquela ratoeira
Que há entre o céu e o inferno.

António Aleixo

PS - Perante as indicações do governo no sentido do fecho das fundações de Paula Rêgo e de António Aleixo, talvez seja boa altura de lembrar o António Aleixo com a publicação de um poema da sua autoria

4 comentários:

Anónimo disse...

Grande Aleixo! Fechar a sua fundação que presta ajuda social na região é crime.
Bjos da Sílvia

zeparafuso disse...

Aleixo também disse:

"Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que, não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço."

E tem toda a razão do Mundo.

Zé Marreta disse...

Ah pois, agora é a vez das fundações. O que virá a seguir, marcos do correio, postos de informação?
Só as repartições de finanças é que eles não fecham.

Saudações!

maceta disse...

grande homem com cultura sem cultura... e sem canudo...

abraço