sexta-feira, dezembro 28, 2012

PREPARAÇÃO PARA AS PASSAS



Com os salários cada vez mais baixos, e com os aumentos brutais dos impostos, os portugueses preparam-se para entrar no ano de 2013 com as expectativas mais baixas das últimas décadas.

As finanças familiares estão pelas ruas da amargura para quem vive do seu trabalho, já para não falar de quem nem sequer o tem, os anúncios dos aumentos na energia eléctrica, no gás, nas telecomunicações, nas rendas, no tabaco e nas bebidas.

Não se prevê que 2013 venha a ser um bom ano, mas vamos torcer para que seja, pelo menos, um ano feliz, nas relações interpessoais.


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O NATAL DE 2012 EXPLICADO A TOTÓS

Se ainda não descobriram porque é que neste Natal os presentes foram escassos, aqui em baixo têm a explicação: o pobre pai Matal carrega as renas e deve demorar pelo menos uns 5 anos para cá chegar com uns presentinhos. 
 

quarta-feira, dezembro 26, 2012

NOVE EM CADA DEZ...

O Zé não perderia um minuto sequer do seu precioso tempo a ouvir o discurso de Passos Coelho, pelo que apenas pedi para que me ilustrassem um título de jornal sobre o dito discurso. Aqui fica o boneco.


quinta-feira, dezembro 20, 2012

OS PORTUGUESES SÃO PRUDENTES



Os portugueses em geral não viviam acima das suas possibilidades, bem ao contrário da ideia que muitas cabeças comprometidas com o sistema e com o poder têm dito.

Os cidadãos acederam ao crédito, porque ele era fácil, porque os bancos assim o pintavam, e porque o governo incentivou a compra de casa própria, ao dificultar o mercado de arrendamento, não tomando medidas para o criar.

O acesso ao crédito por parte das famílias esteve sempre dependente dos rendimentos do trabalho, e só assim se explica que até 2009 o incumprimento era residual. As coisas mudaram, as políticas tomadas com a crise foram dirigidas aos rendimentos do trabalho, e aí as coisas mudaram de figura.

Com a contração dos rendimentos disponíveis do trabalho, a economia ressentiu-se, aumentando o desemprego, diminuiu o consumo e aumentou o incumprimento. A culpa terá sido do endividamento, ou pelo contrário das políticas de ajustamento do défice?

Os portugueses são conservadores em termos económicos, e a prova está bem à vista de todos, pois a contração do consumo foi superior à perda do poder de compra registado. Tirando a alimentação, todos os sectores de bens transacionáveis mostram fortes reduções. O consumo dos portugueses já se ajustou, mas com a diminuição de rendimentos esperado para 2013, as coisas vão deixar de ser suportáveis, e agora as reservas existentes já foram gastas, pelo que a situação se torna desesperada para muita gente, sendo que se esperam problemas na área social, onde o governo já foi longe de mais.

O tempo de sacar responsabilidades a este governo aproxima-se, e as coisas não vão ser bonitas de se ver…   


By Ares

terça-feira, dezembro 18, 2012

RECEITAS DIFERENTES?



Os nossos governantes que tudo fazem para obedecer à senhora Merkel, ainda que os portugueses com isso sofram mais do que seria necessário, nunca se questionam sobre a bondade das políticas que nos são impostas.

A senhora Merkel tem preocupações com a situação alemã, que se prevê estar à beira da estagnação, e não se exime de tomar as medidas que estão em todos os livros de economia.

As medidas passam pela redução dos horários de trabalho, para que as empresas mantenham “o seu maior tesouro”, que são os seus trabalhadores. Também está preocupada em manter a procura interna a funcionar de maneira razoável, evitando falências e perda de postos de trabalho.

O que é bom para a Alemanha não se aplica para Portugal, na voz de Passos Coelho e de Vítor Gaspar, mas com mais um ano de maior austeridade ficaremos com o tecido produtivo destruído, e com a Segurança Social em ruptura completa, e isso não é dito à população.


Y. Kosobukin

segunda-feira, dezembro 17, 2012

E A CONSTITUIÇÃO É UMA BATATA



A demagogia do discurso de Passos Coelho não tem limites e isso está bem espelhado na afirmação de que a tributação das pensões elevadas não viola a Constituição.

Como se sabe os trabalhadores descontam para os sistemas de segurança social e auferem, quando atingirem os requisitos para a reforma, uma percentagem estipulada segundo os descontos efectuados na sua vida contributiva.

É evidente que todos sabemos que muita gente declara salários baixos durante quase toda a carreira contributiva, inferiores mesmo aos salários auferidos, com a conivência de algum patronato. Muitos recebem mesmo salário muito baixos e descontam menos, o que significa que terão reformas baixas. E não falo sequer daqueles que acabam por ter uma vida contributiva de poucos anos pelas mais variadas razões.

Há pelo menos um grupo que não recebe pensões de acordo com a vida contributiva, e que tem pensões altas muito desajustadas com o que terão contribuído, e são precisamente políticos e indivíduos nomeados por diversos governos para empresas públicas, e não só, mas desses Passos Coelho não falou.

Há outros rendimentos, sobretudo de capital, que apesar de serem elevadíssimos, também não foram mencionados por Passos Coelho, que esses sim, ao serem tributados não se violaria a Constituição.

A constituição não é uma batata, senhor 1º ministro, e não vale a pena fazer demagogia com este assunto das pensões, porque a única pessoa que não respeita os compromissos assumidos para com quem fez um acordo com o Estado no início da sua carreira profissional, é o senhor, ao alterar sucessivamente esse compromisso, coisa que não aceita fazer com os detentores do capital, que têm sido sempre poupados.


FOTOGRAFIA
Amaryllis by Doan Tran

domingo, dezembro 16, 2012

O (MAU) DEFENSOR DA CONSTITUIÇÃO



A acreditar na comunicação social deste sábado ficámos a saber que Cavaco Silva irá promulgar o Orçamento de Estado de 2013, e só depois é que deverá enviar o documento para o Tribunal Constitucional, para fiscalização sucessiva.

Depois do erro cometido com o orçamento deste ano, que continha medidas inconstitucionais que foram depois reconhecidos pelo TC, não se percebe esta atitude de Cavaco, sobretudo porque são conhecidos pareceres de inconstitucionalidades, e a opinião de diversos constitucionalistas também aponta no mesmo sentido.

Se a decisão do Presidente da República for esta, então é pertinente pensar-se que ele desistiu de ser defensor da Constituição, e que se transformou em defensor do governo.