quarta-feira, março 16, 2011

POUSADAS DE PORTUGAL

As Pousadas de Portugal continuam no vermelho, ainda que tenham facturado mais em 2010 do que em 2009. O Grupo Pestana explora as Pousadas de Portugal que funcionam em monumentos nacionais, pelo menos grande parte delas.

O correspondente às nossas pousadas, em Espanha, são os Paradores que fornecem um serviço também de grande qualidade mas praticam preços muito inferiores, além de fazerem também muitas promoções que sabem comunicar ao público em geral, e aos frequentadores mais assíduos.

Não admira que os Paradores sejam um sucesso e tenham lucro e aceitação. Para condições idênticas de serviço e de conforto, o factor de preferência vai para os preços praticados e aí a vantagem vai para os Paradores, apesar de Espanha ter um nível de vida superior e salários também mais elevados.

O Grupo Pestana tem uma gestão para as Pousadas de Portugal semelhante à que pratica nos hotéis normais, o que perverte o conceito de pousadas históricas, e ao pretender lucros imediatos pratica preços que não são competitivos.

Este sector tem maus resultados, como muitos outros sectores nacionais, mas devia conseguir praticar preços mais baixos do que a concorrência espanhola, e conseguir lucros como acontece com os rivais. Algo vai mal nas pousadas, e não me parece que sejam os custos do trabalho, como muitas vezes nos querem fazer crer.



2 comentários:

Isamar disse...

Algo vai mal, dizes bem.Nunca foram acessíveis mas agora estão a preços exorbitantes e incompreensíveis. Prefiro-as aos hotéis e a dos Lóios, na imagem, jamais a esquecerei por aí ter passado os primeiros dias de lua de mel.
Lamento que a de S. Brás de Alportel esteja encerrada. Não funciona em edifício histórico mas a paisagem circundante é lindíssima e podia estar aberta porque há turismo que apenas procura o descanso, o silêncio, os sons naturais, os aromas serranos, que esta área tão bem proporciona.

Bem-hajas!

Abraço fraterno

Anónimo disse...

Os empresários portugueses têm por hábito resolver os assuntos da maneira mais fácil que é baixando os salários e aumentando os preços, o que não resulta sempre. Afinal os custos não diminuem e a concorrência sabe ser mais flexível e competitiva.
Bjos da Sílvia