terça-feira, fevereiro 15, 2011

SINCERIDADE E COERÊNCIA

É suposto os cidadãos de qualquer país, poderem escolher livremente quem os devia dirigir durante um tempo, correspondente a um mandato. Isso é o que chamamos de Liberdade.

O que parece ser uma tarefa simples, que é a de fazer uma escolha, não será tão fácil como possa parecer.

Comecemos pelo que nos é dado a escolher, que afinal é escolha de apenas uns quantos. Talvez pareça um pormenor, mas mesmo essa escolha depende de uma preposição. O escolhido deixa de defender as suas próprias ideias e fica obrigado a defender as ideias de quem o propôs.

Temos então que só podemos escolher de entre os que já outros escolheram, e não pelo que os candidatos pensam, mas antes pelo que os que em primeiro lugar o escolheu e depois propôs, decidiram que seria o seu programa, que afinal é o do partido.

Isto quer dizer que apoiamos um candidato que está obrigado a decidir pelo que lhe é imposto, que forçosamente não será o que pensa, e que também não é coincidente com o que prometeu.

Será que podemos mesmo escolher alguém pelo que essa pessoa pensa, e que essa pessoa esteja disposta a só fazer aquilo a que se comprometeu? Talvez um dia isso seja possível, mas nunca com políticos profissionais como os que temos actualmente.



RETRATO
O Censurado

CARTOON

3 comentários:

zeparafuso disse...

Está tudo dito!!!!

Isamar disse...

Sinceridade e coerência, procuram-se! A crise é geral e a de valores também foi atingida. Há muito.

Bem-hajas!

Um abraço fraterno

São disse...

é por isso que acho não ser suficiente o voto: temos que exercer cidadania de muitas maneiras.

Serena noite.