sexta-feira, julho 31, 2009

GRIPE E GRUPOS DE RISCO

Ao ouvir os anúncios na comunicação social, da reunião (penso que segunda-feira) do Presidente da Liga de Clubes de Futebol Profissional com a equipa de coordenação da Gripe A no Ministério da Saúde, estive à beira de um ataque de riso, porque finalmente deixei mesmo de perceber o que são grupos de risco.

Já ouvimos dizer que os bombeiros não fazem parte dos grupos de risco anunciados, mas em contrapartida os políticos arranjaram lá uma vaga, bem como as forças da ordem, não vá haver quem resolva contestar os critérios anunciados.

Comecei pelo futebol, mais concretamente pelos jogadores, porque me pareceu que são tudo menos um grupo de risco, pelo menos os representados pelo senhor Hermínio Loureiro, e podia dar uma achega e citar os profissionais de turismo, tanto os da indústria hoteleira como da restauração ou os próprios guias turísticos, ou então o pessoal de bordo da nossa companhia aérea, os que estão aos balcões de atendimento em terra, o pessoal dos monumentos e museus mais visitados, para nomear apenas alguns com mais probabilidades matemáticas e reais de contraírem a Gripe A por contágio por pessoas chegadas do estrangeiro.

Por acaso quem faz viagens a estrangeiro também faz parte dos grupos de risco? Serão atendidos antes dos que não saíram do país?

Senhora ministra, elucide os autóctones sobre os tais grupos de risco, ou então proíba que se fale neles, porque quando as coisas aquecerem, vai ser uma confusão medonha, e o que é preciso é ter resposta pronta para atender quem estiver doente e quem corra o risco de ficar doente, que serão todos (excepto os que já foram infectados com esta estirpe).

Adenda – Há uma pergunta que tem surgido em conversas de café e que não teve resposta ainda que se prende com o facto de se ter esgotado o Tamiflu nas farmácias. Estes antiviral só devia poder ser adquirido mediante receita médica e só é aconselhado a quem possa ter corrido o risco de entrar em contacto com algum sujeito comprovadamente infectado, o que deixa em aberto a pergunta pertinente de saber se o stock existente era manifestamente pequeno, ou se o medicamento está a ser receitado sem controlo, correndo-se então outros riscos que se prendem com a resistência do vírus ao medicamento. Não foi possível obter respostas concretas apesar de alguns esforços junto de autoridades na matéria.



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by Talk3talk4

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Se tenho sintomas? Bem, estou perto de um porco...

Varvel

quarta-feira, julho 29, 2009

FIASCO TECNOLÓGICO

Quando toda a blogosfera e outras redes sociais esperavam ver em directo um encontro entre bloggers e José Sócrates, anunciado com alguma pompa, eis que uma “falha técnica” impede a visualização em directo do encontro.

Aqui o Zé “gramou” uns quantos vídeos disponíveis no sítio do PS para ver em diferido o que se tinha passado no Lx Factory à porta fechada, e para dizer a verdade nem me apetece comentar o que ouvi, até porque pelos bloggers escolhidos eu esperava algo no género do que se passou.

O que me faz vir a este assunto, que para a má-língua não passou de uma (pouco) subtil manobra de propaganda do governo, foi o facto de “o directo” ter falhado e ainda ter que ouvir da boca de Carlos Zorrinho que resolveu atirar uma pérola acusando os que se queixaram do falhanço de “deslumbramento tecnológico”.

Ao coordenador do Plano Tecnológico, que até nem tem sido alvo de reparos neste espaço, fica um reparo: há muito boa gente capaz de fazer melhor em situações destas, já para não falar nas empresas fornecedoras de serviços de Internet, que certamente também não deixariam os seus créditos por mãos alheias. Por pudor não menciono ninguém em particular, mas creia-me senhor coordenador, sei do que falo e conheço bem o meio.



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Brand New World Explorer by BogdanBoev

sophia by AmberOsborne

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Derkaoui Abdellah

Derkaoui Abdellah

segunda-feira, julho 27, 2009

ERROS E CULTURA

Depois de “confessar” ter errado na Cultura, José Sócrates que obviamente estava apenas a tentar desviar as atenções de outros erros mais clamorosos acaba por mostrar com toda a clareza que a sua afirmação era apenas uma manobra de diversão, porque passados diversos dias sobre a “revelação”, ainda não foi capaz de dizer uma única frase sobre a Cultura.

Não creio que alguém tenha ficado espantado e muito menos chocado com a frase anterior, mas eu devo dizer que um outro político conseguiu causar-me alguma surpresa, refiro-me a Cavaco Silva, por ter mostrado algum interesse em assuntos culturais.

Os meus amigos de café dizem-me que há diferenças abissais entre Lisboa e Salzburgo, e eu sei que elas existem de facto, mas estes dois senhores bem podiam ter feito qualquer coisinha para elevar o nível de oferta cultural das nossas cidades, bastava para tal que a sua Cultura a isso os forçasse genuinamente, e das suas bocas não saíssem apenas palavras de ocasião, ainda que politicamente correctas.






sábado, julho 25, 2009

SIADAP - UM DEGRAU ABAIXO

O Governo de José Sócrates gaba-se da introdução do sistema de avaliação do desempenho da Função Pública, que conhecemos com a designação de SIADAP. Siglas e anúncios pretensamente reformistas são uma das características do executivo que estabeleceu a propaganda como arma de afirmação junto da opinião pública.

Quando se ouve um secretário de estado da Administração Pública afirmar que mais de 90% dos funcionários foram avaliados, ficando de fora apenas os professores, e ao mesmo tempo aponta o número de “perto de 300 mil funcionários avaliados em 2008”, estamos perante um erro, ou uma farsa, já que o número global de 750 mil funcionários é da própria Administração Pública. A percentagem apurada peca por evidente defeito, ainda que seja apenas um pormenor de pouca importância nesta matéria.

A avaliação do desempenho, segundo as normas do SIADAP, veio apenas colocar as classificações noutros patamares, e teve o cuidado de beneficiar convenientemente os próprios avaliadores, ainda que afirmando-se a pés juntos que é uma medida justa que pretende premiar o mérito dos que verdadeiramente se esforçam e se empenham.

Os Muito Bons e Relevantes, deixaram de estar ao alcance de quem não está encostado às chefias, onde passou a prevalecer o Bom, já que há que satisfazer a clientela considerada fiel, que além de subir vertiginosamente na carreira ainda pode abichar uns prémios de desempenho que ajudam muito à fidelidade às chefias.

O funcionário comum, que se dispensa de tecer elogios imerecidos às chefias e que coloca os interesses do serviço e dos utentes à frente das vaidades e teimosias das chefias, ou é bafejado pelo acaso, o que é pouco provável, ou então tem que contentar-se com subidas de 10 em 10 anos, se continuarem a ser obrigatórias, o que também não é garantido.

Publiquem-se as classificações dos funcionários de cada serviço, e os prémios de desempenho atribuídos à porta de cada ministério, com a devida menção do organograma do serviço, e ver-se-ia até onde aguentava a credibilidade dos defensores do sistema vigente. Seria edificante, muito edificante, podem crer.



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Kirill V Pozhidaeff

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BEN HEINE

quinta-feira, julho 23, 2009

SATISFAÇÃO PESSOAL?


Qualquer semelhança entre o adorável bichinho e outro qualquer animal, é pura coincidência.

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The Eagles e a música Take it easy

terça-feira, julho 21, 2009

TEMAS QUENTES

A gripe A continua a ocupar as atenções da comunicação social um pouco por todo o mundo, tendo-se agora a consciência de que a sua progressão está completamente incontrolável e que nos resta esperar que os seus efeitos não sejam piores do que os conhecidos até agora. Traduzindo por miúdos espera-se que o vírus H1N1 não sofra mutações significativas e mais graves.

Outro assunto também na ordem do dia, porque é uma efeméride, são os 40 anos da primeira alunagem, e o que se espera que aconteça nos próximos 20 anos no que respeita às viagens pelo espaço.

O desconhecido e o risco que implica a vida do ser humano, é talvez o maior estímulo e também a grande ilusão que move o mundo na senda do progresso, ou pelo menos do que se pensa que será o futuro da humanidade.

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SERVIÇO PÚBLICO
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SOLITUDE
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Pat Bagley
Stephane Peray

domingo, julho 19, 2009

OBVIAMENTE, DEMITA-SE!

Há limites para a ignorância e esses são em regra ditados pela ausência de formação académica, que podem, e friso o podem, justificar atitudes que não são admissíveis a pessoas que tiveram acesso à educação que habilita qualquer pessoa a descodificar a informação de modo a não formular disparates.

Ouvir dizer que o Ministério da Saúde proibiu os homossexuais de doarem sangue, deixou-me a impressão de que a imbecilidade estava à solta nas instituições que deviam cuidar da nossa saúde e não dos costumes e inclinações sexuais de cada um. O nome estava na notícia do CM de 17/07, e era o de Gabriel Olim, director do Instituto Português de Sangue.

Na notícia, entretanto desmentida por uma senhora grega, que suponho ser comissária europeia de assuntos da saúde, pelo menos no que se refere a recomendações daquela instituição comunitária, fala-se em comportamentos de risco para justificar a incompreensível proibição.

Não costumo vestir a pele dos justiceiros de ocasião, mas penso que a única atitude sensata deste senhor director era a de pedir a demissão, porque há atitudes que não se podem ter em certos cargos e conceitos que não podem ser defendidos por quem abraça o serviço público, como seja a discriminação, seja ela de que tipo seja.



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By FullFrame.no

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Mike Keefe

Joe Heller

sexta-feira, julho 17, 2009

RAPIDINHAS

Gripe A – Como eu supunha, as vacinas para a gripe suína não vão ser ministradas a todos, como medida de prevenção, mas apenas aos grupos definidos administrativamente pelo Ministério da Saúde. O omnisciente ministério e os seus dirigentes actuam na saúde como os militares numa guerra, considerando que há danos colaterais que têm que ser assumidos como indispensáveis para uma vitória. Uma vacina é por definição um meio preventivo contra uma potencial ameaça e não um remédio que cura uma doença, por isso um critério estabelecido a esta distância (5 meses) é um perfeito disparate mesmo usando apenas critérios lógicos, e sem considerar que ainda iremos atravessar todo o Outono e uma parte do Inverno, o que não é desprezível numa análise com base científica.

Jardim – O senhor Alberto João Jardim já nos habituou às suas tiradas humorísticas, quase todas de mau gosto, diga-se. A última é a intenção manifestada de proibir o comunismo na nossa lei fundamental, usando como analogia a proibição de ideologias fascistas. A argumentação é delirante, mas isso é irrelevante, agora a utilização do lema “é proibido proibir”, não fica bem na sua boca, porque nessa altura sabemos de que lado da barricada estava o senhor Alberto João. A memória é uma coisa lixada para os políticos!...




HenriCartoon



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Pipe Dreamer

Pipe Dreamer

quinta-feira, julho 16, 2009

A CULTURA E AS CONVENIÊNCIAS

Eu como a maioria dos portugueses fui dos que não engoliu a desculpa de José Sócrates, quando lhe perguntaram o que mudaria no mandato que está a terminar, reconhecendo um erro na sua actuação.

Em geral, quando não se querem reconhecer erros escolhe-se algo que na altura não seja encarado como indispensável, tais as carências sentidas ao nível económico e social. Sócrates é exímio nestas manobras, e vai de dizer que devia ter investido mal na Cultura, que o dinheiro é sempre um excelente isco.

José Sócrates não é um homem de Cultura, e neste momento está mais preocupado com os resultados eleitorais nos escrutínios que aí vêm, do que com os míseros 0,4% que consignou para a Cultura. Uma Capital Europeia da Cultura vem a calhar, depois das suas recentes declarações, e o envolvimento de Jorge Sampaio é para capitalizar, pensa o 1º ministro.

Senhor engenheiro, se é que este tratamento não é ofensivo, isso é apenas foguetório para alguns ingénuos e muito distraídos, o que os eleitores querem saber é qual a dotação orçamental que pretende consignar à Cultura (não vale mentir como nas eleições passadas), e como vai ser utilizado esse dinheiro e quais as políticas para o Património, que o senhor se tem esquecido de enumerar.





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Pawel Kuczynski

Myung-Lae

terça-feira, julho 14, 2009

O sol nas noites e o luar nos dias

De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.

Natália Correia



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Boleia? By трасса Е66

Boleia2? By Дорожная

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sábado, julho 11, 2009

CHOVER NO MOLHADO

Se os economistas não me merecem grande credibilidade, em parte pelas suas responsabilidades no estado da economia, a verdade é que nos últimos tempos eles nos têm brindado com opiniões e manifestos para quase todos os gostos.

Daniel Bessa tem sido um dos mais profícuos na elaboração de estudos e em discursos sobre temas económicos, e desde o aeroporto de Lisboa ao TGV, passando pela estratégia económica para o futuro, sobre tudo se tem pronunciado.

Não é surpreendente que venha apoiar Manuel Pinho na sua última intervenção pública, afinal estamos na presença de dois ex-ministros do mesmo quadrante político. Tendo em linha de conta a actual situação económica e o desenvolvimento nacional dos últimos anos, Daniel Bessa não fica lá muito bem no retrato.

Eu esperava que as receitas propostas tivessem algo de inovador, mas surpreendentemente, ou talvez não, este economista aponta as mesmas velhas receitas, cujo resultado tão bem conhecemos.

Não vou rebater o rumo indicado põe Daniel Bessa, mas basta dizer que no fundo se limitou a dizer que a gafe de Manuel Pinho na China, até foi uma afirmação acertada, demonstrando-se assim que com os economistas da nossa praça (quase todos), continuaremos a querer competir no mundo globalizado apresentando como factor vantajoso, o baixo nível dos salários dos trabalhadores do sector produtivo nacional.

A política económica desejada pelo poder continua a ser a da tigela de arroz, mostrando-se assim o espírito criativo e inovador das classes dominantes e a sua visão para o futuro de Portugal e dos portugueses.

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Present by ChapaJane


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NICOLAE LENGHER


hossein rahim khani

quinta-feira, julho 09, 2009

E OS IDEAIS?

Quando na segunda metade da década de sessenta do século passado comecei a tomar consciência política, e a desejar mudanças contribuindo de algum modo para que isso acontecesse, ainda sonhava com um mundo melhor. Uns anos depois alguém disse que eu teria que escolher entre a realidade e a utopia, porque o mundo não ía mudar só porque eu assim o desejava.

Um homem só não muda o mundo, mas a vontade de muitos pode fazê-lo, essa foi a conclusão a que cheguei uns anos mais tarde com o 25 de Abril. Todos temos direito a uma vida melhor, a uma melhor distribuição da riqueza e a mais Justiça no sentido mais lato.

Portugal retrocedeu em quase todos os parâmetros estabelecidos logo após a 1974, e as desigualdades sociais voltaram a aumentar, a Justiça está de má saúde e apenas os ricos se mostram satisfeitos com a impunidade de que gozam, e os direitos laborais já quase deixaram de existir e a saúde começa a estar apenas ao alcance de quem pode.

Os políticos caíram em descrédito, o sistema judicial afunda-se rapidamente, e a saúde, que alguns dizem que é dos sectores que goza de alguma credibilidade, começa a ficar cada vez mais distante do cidadão normal.

Na mesma altura em que se diz que os portugueses confiam no SNS, revela-se também que são cada vez mais os portugueses que não compram os óculos que necessitam, ou que não vão ao dentista por não poderem arcar com as despesas. O tendencialmente gratuito da Constituição Portuguesa, por vontade dos políticos que temos, transformou-se num luxo que só está verdadeiramente ao alcance de quem tenha recursos para o pagar.

São da minha geração alguns dos dirigentes do PS e até do PSD, e a alguns vi-os nas lutas estudantis e nos tempos que sucederam à revolução dos cravos, discursando e manifestando os seus desejos de construção duma sociedade melhor e mais justa, por isso apetece-me perguntar: ONDE PÁRAM OS IDEAIS DELES?



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PINTURA
Lovers Quarrel by tHe-FOrger

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Randy Bish

Randy Bish

terça-feira, julho 07, 2009

O ESPECTÁCULO

Vivemos numa sociedade em que o mediatismo vende e seduz multidões, bastando para tal que tudo seja bem encenado e publicitado para que possa atingir todo um público-alvo.

Nos últimos dias dois acontecimentos mereceram um tratamento mediático cuidado, que acabaram por ser as notícias em maior destaque em toda a comunicação social, abafando muitas outras notícias porventura mais importantes.

A morte de Michael Jackson e a apresentação do futebolista Ronaldo no Santiago Barnabéu, movimentaram as máquinas publicitárias e a imprensa de todo o tipo, transformando os noticiários em verdadeiras maratonas “noticiosas” em que analisou até à exaustão tudo o que se sabia e até então e se podia prever em relação a dois homens que se destacaram, cada um no seu campo.

Tudo isto tem por finalidade potenciar vendas, ainda que num dos casos se esteja a homenagear uma pessoa que morreu. Negócio é negócio, não consigo esquecer esta vertente, apesar de todas as diferenças que evidentemente encontro.



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Laranja por YR

Limão por Konstantin Yolshin

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Fernandes

domingo, julho 05, 2009

PINHO RADICAL

Não me pareceu que Manuel Pinho se tivesse arrependido do gesto que ditou o seu afastamento do executivo de José Sócrates, de quem era bastante próximo segundo as notícias, embora esta seja apenas a minha modesta opinião depois de ter ouvido as suas declarações posteriores à demissão.

Fiquei ainda com uma impressão que a esquerda não é o seu campo ideológico, ainda que estivesse num executivo socialista, mas também tenho sérias dúvidas de que o chefe do executivo seja verdadeiramente socialista, o que mais uma vez é apenas a minha opinião.

Fixei uma frase interessante da 1ª página do Expresso que dizia “Portugal pode ser líder em muitas coisas mas isto não é compatível com o trepar da esquerda radical”. Esta frase diz muito sobre o espírito democrático de quem a pronunciou.

Há quem goste de Manuel Pinho e lhe tenha oferecido logo um lugar numa fundação, e ouvi dizer que foi isso mesmo que o comendador Berardo fez. Lembrei-me do que li algures pela blogosfera sobre o interesse de Pinho na construção do novo Museu dos Coches, da mudança do Museu de Arqueologia, e até do protagonismo do Turismo de Portugal (na altura sob sua tutela) no financiamento de algumas destas mudanças. Li na altura que se preparava um plano para afastar alguns dos equipamentos culturais da zona, agora sob a alçada do Ministério da Cultura, para a esfera privada ou para a gestão privada.

Qual foi o papel de Júdice e o de Manuel Pinho nesta zona de Lisboa, e a sua influência no futuro dos equipamentos culturais lá implantados, não sei ainda, mas cá estaremos para voltar a falar do assunto se houver novidade.



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vcsasha

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Mauro Souza

quinta-feira, julho 02, 2009

COITADOS DOS ANIMAIZINHOS

Não sou adepto da tauromaquia pelo que as imagens apenas espelham as atitudes de humanos, que por vezes saiem mal na fotografia tal o ridículo de que se revestem.

Apetece-me apelar à sociedade protectora dos animais e congéneres, para que tenham em bom recato os touros, os camelos e todos os outros animaizinhos, tais os maus tratos de que alguns humanos são capazes.









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quarta-feira, julho 01, 2009

REFLEXÃO

Depois das eleições europeias e da derrota clara do PS, houve quem embandeirasse em arco julgando que só por causa disso os problemas ficavam todos resolvidos.

Os resultados das eleições são um reflexo claro de que os cidadãos resolveram penalizar as políticas existentes e os seus protagonistas. O que falhou foi claramente a organização, e a economia, que causaram a crise profunda que trouxe este aumento do desemprego que é a maior chaga deste início de século.

Os portugueses sabem, e vão ouvir nos próximos tempos, quem são os políticos e os partidos que, para resolver a presente crise atacam pelo lado dos direitos dos trabalhadores, como se os problemas tivessem partido daí.

Serão as posições sobre as políticas laborais, e as medidas (ou alterações) para fiscalizar os mercados, particularmente o económico, de modo a fiscalizar eficazmente este sector que não pode andar à rédea livre como se viu.

As propostas e os compromissos serão analisados, e penso que cada vez será mais difícil aos políticos continuarem a falar sem dizer nada, ou enganar impunemente os eleitores.




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pogie

Евгений Кошелев

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Jeff Parker

Larry Wright