sábado, novembro 28, 2009

ESTIMATIVAS E PALPITES

Com o advento da “crise financeira” que assolou os mercados, houve quem viesse a falar grosso dizendo que a nossa banca era segura, que a crise não tinha grande dimensão no nosso país, e que os produtos (financeiros) tóxicos, de alto risco na terminologia bancária não eram negócio típico da nossa banca.

Afinal tivemos os casos BPN e BPP, com a nacionalização do primeiro e o aval dado ao segundo, tudo a bem da economia nacional devido ao tal risco sistémico, que nunca explicaram devidamente.

Não sei se estamos a falar de casos de burla, ou pelo menos má gestão destas instituições bancárias, porque a nossa Justiça tem critérios que por vezes eu não quero sequer entender, mas o que é certo é que alguém vai ter que pagar o pato, que é como quem diz, arcar com os prejuízos.

A minha preocupação vai para o facto de ouvir Teixeira dos Santos assumir que desconhece o custo da nacionalização do BPN. Venha alguém que me explique como é que um ministro das Finanças decide nacionalizar um banco, sem primeiro se inteirar da sua situação financeira, e como é que um ano depois decide alienar o mesmo banco sem ter uma ideia concreta sobre o seu valor efectivo.

Senhor ministro das Finanças, eu não quero saber de palpites nem adivinhações, mas creio que é possível fazer-se um balanço de activos e passivos e calcular com uma margem de erro razoável o valor real aceitável para uma licitação justa. Vamos ver se afinal é verdade o que dizem sobre o senhor, ou não, que será um dos piores ministros das finanças da União Europeia.



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FOTOGRAFIA


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CARTOON
Obama by Mohammadreza Akbari

Putin by Salam Mohammadi

3 comentários:

Anónimo disse...

Os grandes que estavam entalados na marosca já se safaram, agora está cá o Povinho para pagar a conta.
Bjos da Sílvia

Jorge P. Guedes disse...

Por alguma razão ele foi 15º entre 19, ó Zé!

Abraço e bom domingo.

P.S.(salvo seja!) - sabe o que estou a ouvir, precisamente agora? O "Les bourgeois" do Brel.
Ele há cada coincidência!...

Quint disse...

É a chamada política do "deve haver"!