terça-feira, dezembro 11, 2007

O DESEMPREGO

O verdadeiro descalabro nacional é sem dúvida o desemprego, que atingiu números verdadeiramente insustentáveis. Faço esta afirmação não pelos elevados montantes que isso custa ao erário público, e que mesmo assim não asseguram sequer uma vida com um mínimo de dignidade, mas porque o desemprego não mostra tendência para diminuir apesar do que dizem os nossos governantes.
É patético que se venha anunciar com pompa e circunstância que o “governo prevê ultrapassar a meta de criação de 150 mil empregos na legislatura”, quando foram suprimidos muitos mais, como afinal mostram os próprios números do executivo.
O desemprego não diminui nem por decreto nem por muitas declarações dos governantes, mas sim por implementação de políticas de apoio à economia e ao emprego.
Segundo o Diário Económico as previsões apontam para percentagens maiores de desemprego do que as previstas, para 2009 e 2010, mas as declarações do senhor ministro Vieira da Silva vão no sentido de valorizar a criação de emprego e da obtenção dos tais 150 mil novos empregos prometidos por José Sócrates no início do mandato. Será que o senhor ministro não vê que os portugueses não são burros, e que dispensavam o senhor 1º ministro dessa promessa assim colocada, preferindo antes que ele tivesse criado MAIS EMPREGO? É que afinal se era para o desemprego aumentar mais do que os novos empregos, mais valia que José Sócrates enfiasse a viola no saco quando anunciou os tais 150 mil empregos.

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Marcos Severi

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12 comentários:

Pata Negra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pata Negra disse...

Mais do que os números do desemprego e do montante que eles importam no erário público, preocupa-me cada família que o experimenta e o custo social que ele representa.
Um abraço com o desemprego à porta

Zé Povinho disse...

Caro Pata Negra
As pessoas são a minha preocupação e infelizmente tenho bastantes amigos desempregados e outros bem à porta dessa situação. Falei apenas da hipocrisia de se falar em milhares de empregos quando o problema está no quase meio milhão de desempregados.
Já compreendi que atravessa uma má situação, mas espero que consiga encontrar alguma solução, porque desanimar é o que de pior pode acontecer. É difícil, mas temos de batalhar.
Abraço do Zé

Isamar disse...

Um excelente post para reflectirmos todos numa época em que o apelo ao consumismo continua na sua desenfreada subida. Falta o pão na mesa de uns, sobra na mesa de outros. Tanta hipocrisia, Zé. E quem paga, tudo isto? Tu, nós povinho triste, desgraçado que caminha sem destino.
Beijinhos e vai passando. És bem vindo!

Tiago R Cardoso disse...

De facto anunciar e continuar a gabar-se da criação de 150 000 novos empregos, sabendo que mais de 150 000 perdem o emprego é de quem gosta de propaganda.

quintarantino disse...

Milhares de empregos? Mas alguém deu por eles?

Carlos Sério disse...

Em todos os domínios os senhores ministros falam como se vivessemos num Oásis. O País afunda-se mas para eles parece que os portugueses nunca viveram tão bem.
São uns autenticos pulhas do mais ordinário que há.
abraço,e parabéns pelo oportuno Post,
ruy

Anónimo disse...

Desemprego? Ná... isso são bocas da reacção, porque este governo é o maior... em quê? Não sei, mas isso também não interessa nada, porque a oposição também está enterrada no mesmo pantanal e saída é que não se vislumbra para esta caca toda.
Lol

C Valente disse...

Desemprego um flagelo dos nossos tempos, com a conivencia dos governantes, onde a palavra chave
"falta de formação" domina e serve para tiudo justificar
agora o Sr ENG Socrates , já vem dizer que nos proximos anos será pior.
Não sei não onde isto vai parar
saudações amigas

Anónimo disse...

Flores lindas, maravilhosas :-)


...eu diria mais:
«mais valia que José Sócrates» nunca tivesse ido para o Governo! ou que saia já!! :-(



Bjs

Elvira Carvalho disse...

E além do desemprego temos o emprego precário, trabalhadores a contrato, etc.
Um abraço

Meg disse...

Zé,

É, quando falam de desemprego parece que não sabem que falam de pessoas, de gente... de miséria.

Sabes o que é que eles queriam?
Eliminar a nossa geração. Não haver reformados ou pré-reformados.
Então aí eles criavam empregos para os ignorantes, incompetentes que estão a sair das escolas deste país. E para os jovens adolescentes dependentes, de trinta anos.

Estou cansada e com saudades. Sabes de quê? Claro que sabes.

Um abraço