quinta-feira, dezembro 06, 2007

MINISTÉRIO DO PATRONATO E DA INSEGURANÇA SOCIAL

Que me permita o senhor ministro do Trabalho e da Segurança Social, mas as suas declarações aos jornalistas portugueses, não revelam um entendimento cabal do significado da palavra flexigurança, tal como ela é definida pela União Europeia.
O senhor ministro, sem qualquer surpresa no que me toca, veio salientar as suas prioridades que se prendem concretamente com dois aspectos, a adaptabilidade na organização do tempo de trabalho e a aprendizagem ao longo da vida.
Falando de horários Vieira da Silva não está senão a desregular os horários de trabalho, com todos os inconvenientes que isso acarreta para uma vida familiar normal. Também referiu o desvio de pessoal de um sector para outro, consoante as necessidades das empresas, dentro desta mesma lógica. Claro que o patronato lhe vai bater muitas palmas, porque isso serve naturalmente os seus interesses.
Ao referir-se à aprendizagem ao longo da vida, não entrou em quaisquer detalhes, porque sabe que isso não é uma prática habitual, nem ele próprio tenciona legislar nenhum tipo de obrigatoriedade para que isso se torne uma realidade.
Eu sempre pensei que um ministro com a pasta do Trabalho teria por norma equilibrar as relações laborais, promovendo um equilíbrio entre os deveres dos trabalhadores e os seus direitos, mas afinal parece que me enganei.
O outro engano, e parece-me que este não é meu é o da definição de flexigurança que dizem ser “uma fórmula global de política do mercado de trabalho que combina disposições contratuais flexíveis – facilitando despedimentos – e que permite que os trabalhadores encontrem um novo emprego e sejam apoiados pela segurança social no caso de desemprego”. Pois o senhor ministro Vieira da Silva, que também o é da Segurança Social, sobre a segunda parte da definição do conceito, não tem nada para dizer aos portugueses, nem apresenta como termo de comparação o caso da Dinamarca que tanto lhe apraz?
Pois é, já tinha ficado com a sensação de que o senhor ministro tem problemas de visão, o que não tinha percebido ainda, é que só vê os interesses de uma das partes.
Sugiro uma mudança imediata do nome do ministério, a menos que o 1º ministro José Sócrates prefira mudar de ministro, claro.

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IDEIAS PEREGRINAS

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FOTOS - PRESENTES SEM EMBALAGEM
Kikala

Anna_N

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CARTOON

13 comentários:

Anónimo disse...

em primeirolugar tenho que lhe agradecer o comentário deixado no "ab intio", um blog que pretende dizer algo a quem o ler.

Sobre a sua postagem de hoje, dir-lhe-ei que a cuidade visual deste ministro estará na média dos seus colegas. Má ao perto e péssima ao longe.
A designação de Ministro do trabalho é claramente uma afronta a quem trabalha por conta de outro.

Os meus mais respeitosos cumprimentos.
João Lisboa
abinitiolisboa.blogspot.com

Anónimo disse...

Ressalvo a palavra "acuidade" (visual)

Anónimo disse...

Ó Zé, se calhar não sabias que existia uma alcunha - zarolho - para quem só vê para um lado, ou hoje estás a curtir uma de selecto?
Bjos

Anónimo disse...

Os políticos de plástico mostram a sua sanha contra a concorrência dos sacos. Já agora diga-me onde posso passar para recolher os presentes sem embalagem.
Lol

quintarantino disse...

O senhor Vieira da Silva começa a fazer com que Bagão Félix se pareça com um homem de Esquerda tal é o afã em agradar ao patronato.

papagueno disse...

E bastou o Sr. Belmiro dizer que não para recurem na questão dos plásticos. Parece que quem tem dinheiro é que manda neste país.
A idéia seria boa se as motivações fossem ecológicas. Não é com medidas avulso que se resolvem os problemas. Porque não dar incentivos para uma maior implementação dos sacos recicláveis?
Um abraço

Elvira Carvalho disse...

"Sempre pensei que um ministro com a pasta do trabalho teria por norma equilibrar as relações laborais, promovendo um equilíbrio entre os deveres dos trabalhadores e os seus direitos"
Será capaz de nomear um ministro de trabalho que ao longo destes trinta anos tenha feito isso?
Um abraço

Anónimo disse...

Há que garantir o futuro fazendo a vontade de quem realmente manda. Segurança no trabalho e no desemprego são só para ficar no papel, até porque isso encarece os produtos e diminui os lucros.
Fico à espera que a menina dos laçinhos me seja entregue, mesmo sem estar devidamente embrulhada, eheheh

Anónimo disse...

Eu mudava era de 1ºministro!!
;-)

Voltámos à era da Revolução Industrial...horários laborais? Népias!

Bjs

Jorge P. Guedes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge P. Guedes disse...

Foi você que pediu um novo ministro!?

Com Vieira, patrão na lazeira
empregado na geleira!

E por falar em "geleira", podia enviar-me à cobrança uma caixa de champagne e 3 KIKALAS, por favor?

Um abraço (revoltado)

A. João Soares disse...

Apesaar da miopia da generalidade dos políticos, numa coisa têm vista apurada, é na preparação do tacho para depois da saída da política activa. Para isso, têm de fazer o jeito aos poderosos da economia. Haja quem faça a lista das funções actuais dos ex-governantes e deputados. Depois é só ir à procura dos favores que fizeram aos actuais patrões quando estavam no poder.
E não chamam a isso corrupção!!!
Abraço

Pata Negra disse...

Quem financia as campanhas dos partidos do poder? Esperar-se-ia que não tivessem nada em troca? Ah a luta de classes é uma coisa do passado? Então deixemo-nos estar que a classe maior vai-nos tratando da vida!
Nem os sacos de plástico escapam à fúria de sugar o desgraçado! E que tal se em vez disso a ASAE não permitisse que as pastas de dentes viessem num tubo que vem dentro de uma caixa de cartão embalada em plástico, que estas higiénicas embalagens não chegassem às prateleiras dentro de outras caixas de cartão maiores envoltas em mangas de plástico, que estas caixas maiores não viessem em paletes descartáveis dentro de contentores descartáveis descarregados com luvas de plástico?!