terça-feira, novembro 06, 2007

PLANEAMENTO E ENVOLVIMENTO

Uma sociedade estrangeira solicitou recentemente a três gabinetes portugueses diferentes, um projecto de renovação de diversas lojas num mesmo edifício. Este projecto incluía balcões de vendas, expositores, mobiliário diverso e iluminação. As lojas eram um pronto-a-vestir, uma agência de viagens e uma cafetaria.
Responsáveis dos três gabinetes visitaram o espaço, na ocasião do convite, e foi estabelecido um montante para a elaboração do projecto e um prazo com que todos concordaram, bem como os requisitos exigidos pelo cliente.
Os três projectos foram entregues ao cliente e, passados os 15 dias requeridos para a apreciação das propostas, foram chamados os três representantes dos gabinetes para uma reunião nas instalações que se pretendiam renovar. Numa primeira abordagem foi dito que as três propostas eram de muito boa qualidade, que o design também tinha sido considerado excelente, e que os custos de execução previstos por uma empresa ligada ao grupo também eram bastante aproximados.
A decisão parecia difícil, perante esta apreciação feita pelo cliente, mas eis que surge uma surpresa, quando o representante máximo da sociedade solicita a presença dos chefes das três lojas. Logo que os três funcionários entram na sala, foi-lhes solicitada sua opinião sobre o assunto, que previamente já lhes tinha sido entregue para analisarem em detalhe. O empate aparente que persistia anteriormente, foi imediatamente quebrado quando um dos funcionários, em nome dos três, apontou decididamente um dos projectos, porque segundo eles tinha sido o único que tinha ido às instalações por mais de uma vez, não só para as ver, mas sobretudo para contactar os chefes das lojas e os funcionários, questionando-os sobre quais eram as maiores dificuldades que encontravam com o mobiliário e disposição das instalações, e quais as lacunas que achavam que deviam ser supridas. A decisão foi imediatamente aceite pelos dirigentes máximos da sociedade que agradeceram a ajuda dos funcionários a quem agradeceram o contributo antes de os acompanharem à porta para se despedirem.
A reunião terminou de seguida, com o anúncio oficial do projecto vencedor, que foi convidado a seguir a sua execução em condições a combinar no dia seguinte.Isto passou-se recentemente em Portugal, embora tenha decorrido deste modo pouco comum entre nós, porque o cliente era uma sociedade estrangeira. Mentalidades?

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O FARAÓ

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FOTOGRAFIA

Natalia M.

CarbonKid

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CARTOON

Cal Grondahl

Stavro

6 comentários:

quintarantino disse...

Essa devia ser a regra, não a excepção. E mais não digo.

Anónimo disse...

Era como devia acontecer normalmente!
Fazem-se as obras e "decorações" e só depois é que se repara que tudo aquilo é pouco funcional ou útil.

E perguntar aos empregados a opinião?! É mesmo uma empresa estrangeira...

Abraço!

Anónimo disse...

Vê-se mesmo que são estrangeiros, porque por cá decide o maioral e manda às urtigas quem depois tem delá trabalhar ainda que as condições não sejam as melhores.
Patrão tuga, nisso é saloio e prepotente.
Lol

Anónimo disse...

Bom Post Amigo.
Um Abraço e Boa semana

Isamar disse...

Voltarei depois do jantar para te ler.Por agora, em resposta, ao teu comentário, digo-te que sou uma pessoa de afectos, a ingratidão é algo me me destrói por completo e, por exemplo, teres o meu link no teu blogue é importante para mim, assim como a tua visita ainda que esporádica.Não aguento perder um amigo num segundo embora haja amigos que não possam perder um segundo comigo.
Desculpa ter-me excedido em palavras fora do contexto do teu post e que nem a ti dizem respeito. Mas as tuas palavras deixaram-me esta vontade de contigo falar.
Um beijinho

ANTONIO DELGADO disse...

A mentalidade é muito diferente, caro Zé Povinho. Normalmente, no espirito de alguns empresários portugueses, fazer uma obra de remodulação é apenas para impulsionar a estética exterior e nunca a comodidade, seja de empregados ou clientes...é uma questão de mentalidade e parece que em muitas questões Portugal ainda está numa fase pre- industrial!
Um abraço e boa semana.
António Delgado