segunda-feira, setembro 03, 2007

ALARME – DESEMPREGO

Três anos de governo e o desemprego continua a acelerar. Podemos dar cambalhotas, dizer que foram criados não sei quantos milhares de empregos, que a economia está a melhorar, que as exportações estão a crescer, que o consumo está a recuperar, mas a realidade negra do desemprego é indisfarçável.
Portugal é o país da Europa que registou a maior subida do desemprego no passado mês de Julho, segundo dados do Eurostat. Claro que foram logo atirados números dos mais variados consoante as fontes, tentando clarificar a situação, mas não há volta a dar porque todos conhecemos gente desempregada e muitos outros que receiam pelos seus postos de trabalho.
O governo parece ter esquecido as suas promessas eleitorais e programáticas, e passando por cima deste problema, até está disposto a encetar uma discussão sobre a flexisegurança na Europa, sabendo que não tem condições ao nível de Segurança Social, para sequer equacionar tal hipótese, que só é favorável aos empregadores.
Como se já não bastasse termos a pior repartição da riqueza da União Europeia, começamos a ser os mais atingidos pelo desemprego. Isto vai de mal a pior apesar da cor rosa que vai pontuando o discurso do governo, que não admite o falhanço nestas áreas que são as mais sensíveis.
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FOTOGRAFIA - ESCADAS


Lars Jørgen Thomsen

kihle

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CARTOON

15 comentários:

quintarantino disse...

Meu caro... assim se prova que a mistura de "rosa", "laranja" e "amarelo azulado" é nefasta e faz mal à Nação.

Pata Negra disse...

Até prova em contrário, o governo está-se marimbando para os desempregados! Não passam de números!

adrianeites disse...

factos são factos!

o desemprego é assustador em Portugal.

e já agora o crescimento economico é insuficiente (principal causa do desemprego)...

a tão falada inovação é uma treta...

enfim...

Tiago R Cardoso disse...

Agora fiquei feliz, estamos na frente em algumas estatísticas, a caminho da Utopia do Sr. Sócrates, sim senhor muito bem.

Anónimo disse...

Desemprego? em Portigal?? Ná!!estás enganado!Os Só Cretinos nunca fariam uma coisa dessas... ;-)


Boas fotos!
Abraço

Belzebu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Belzebu disse...

Os meses de Verão sempre aliviaram as taxas de desemprego, devido ao emprego sazonal, tão próprio de países com um peso razoável de Turismo. Neste momento, neste país adiado, nem isso se verifica, o que aumenta ainda mais a apreensão, em relação ao quarto trimestre. Os indicadores de confiança são os piores possíveis e os anúncios de novos investimentos sucedem-se sem que os resultados se notem!

É o país do Rantanplan licenciado!

Aquele abraço infernal!

Cadeirão disse...

Os valores vão certamente baixar e a titulo de exemplo os assessores dos deputados na AR "obrigatoriamente" tem de estar inscritos no fundo de desemprego (filme de ficção-categoria
Insulto ao povo- candidato a óscar).

A cor rosa começa a preocupar-me pois ate agora não vislumbrava o porquê da mudança de cor do glorioso SLB. São 6 milhões.

Não é o país que queremos é aquele que a maioria quis.

Abraço

Meg disse...

A coisa está preta, Zé. Daqui a pouco não tem ponta por onde se lhe pegue.
Vais ver o circo pegar fogo, e não tarda muito.
Aguardemos e reclamemos.
Um abraço

Jorge P. Guedes disse...

Neste país de faz-de-conta, de um lado Espanha, do outro... o mar.

É escolher...e enquanto se pode!
Cá por mim, já ando em lições de natação, mas um emprego numa gasolineira fronteiriça também não está nada mal... a julgar pelos relatos.

Um abraço.

C Valente disse...

Não é o desemprego que está a desacelarar, o emprego esse é que não anda
è assim que estes politicos, que pouco se importam com o povo, com o empregado ou desempregado, é preciso é cuidar das grande para serem maiores fortunas
saudações amigas

José Lopes disse...

A economia é um sistema onde existe um sistema de compensações: como existe uma determinada "massa monetária", quando uns enriquecem têm outros que ficar mais pobres. É simples e fácil de entender, mesmo sem os palavrões que enchem as bocas de políticos e economistas, como "conjuntura internacional", "retracção do consumo", "situação macro económica", "conjunção de factores negativos por via das expectativas do crescimento mundial", "a especulação sobre os efeitos negativos da sida do Iraque", etc,etc.
Estou fulo com tanta mentira...
Cumps

MARIA disse...

Olá Zé,
De facto não há como não concordar que a política deste Governo nesta matéria como noutras é um desastre.
No que se refere especificamente ao Trabalho, eu diria mesmo que quase por golpe de má arte mágica conseguiu deitar por terra o que com tanto esforço e luta se levou mais de um século a conquistar...
Imagens lindas...
Beijinhos
Maria

Anónimo disse...

Como alguém aqui disse: o circo, vai ter de pegar fogo!!!

Há fome, em muitos sectores, da nossa sociedade, perdidos que são os empregos, pelo familiares activos, sem perspectiva a curto/médio prazo!!!

SILÊNCIO CULPADO disse...

O desemprego é apenas um dos vários indicadores preocupantes. E atenção: o número de desempregados reais é bem superior ao que consta nas estatísticas por, pelo menos, 4 ordens de razões: 1) Há desempregados de longa duração que passaram à situação de pensionistas por antecipação da idade legal.Deixaram portanto de constar dos números do desemprego mas não arranjaram emprego. 2) No ano transacto emigraram 150.000 portugueses. Mais do que anualmente se registava antes do 25 de Abril. Logo contribuíram para baixar os números do desemprego mas não arranjaram emprego (cá). 3) O facto de não haver vínculos laborais estáveis e os trabalhadores estarem a recibos verdes, ou em regime de prestação de serviços, determina que não tenham direito a subsídio de desemprego e, logo, não se inscrevem e não figurem nas estatísticas como desempregados. 4) Finalmente há os que nunca trabalharam mas que desejariam ter um emprego. Relativamente às exportações é preciso não continuarmos a brincar com as estatísticas. É grande o desequilíbrio da balança comercial. Neste momento não sei bem mas penso que o rácio das importações sobre as exportações é de 2.0. Ou seja o fluxo das exportações é metade do das importações. Portanto se as exportações subiram 8 ou 10% em termos absolutos não se trata de um grande crescimento e continuamos extremamente dependentes de países terceiros. Finalmente importa referir que a redução do déficit tem sido feita essencialmente pela subida dos impostos e que uma parte do aumento do PIB se deve não propriamente à criação de riqueza que cria postos de trabalho e contribui para o crescimento económico mas através da bolsa e outro tipo de especulações.