sábado, julho 28, 2007

A FELICIDADE TAMBÉM AJUDA



A BAIXA NATALIDADE


Parece que a baixa natalidade começa a preocupar os dirigentes europeus obrigando a medidas extraordinárias de incentivos à procriação. A par destas medidas também assistimos a outras que vão tornando mais flexível a circulação de pessoas, mesmo de alguns países exteriores ao espaço europeu.
Como chegámos aqui? Esta pergunta tem recebido as mais variadas respostas dos especialistas em demografia e de outros teóricos, contudo não conheço estudos aprofundados que incidam exclusivamente sobre casais entre os vinte e os quarenta e cinco anos, por exemplo, que nos dariam algumas pistas sobre as causas deste decréscimo de natalidade.
Estou certo que as causas estão sobretudo relacionadas com a falta de estabilidade nos empregos, com os baixos rendimentos e com a falta de garantias sociais que se antevêem para o futuro.
Hoje em dia a realidade mostra-nos que até aos 40 anos há possibilidades de se encontrar trabalho, ainda que num mercado cada vez mais competitivo e bastas vezes com salários relativamente baixos. Dos 40 aos 50 anos reza-se para que não se caia no desemprego, já que as hipóteses de se encontrar uma ocupação são extremamente reduzidas. Daqui para a frente, e falo de mais 15 anos, quem não tiver ocupação está condenado a vegetar pois as suas hipóteses são semelhantes à de ganhar a lotaria.
Claro que isto é uma evidência, e claro que os políticos conhecem estas causas. Pergunta-se então porque é que insistem, especialmente em Portugal, com estas políticas laborais quando sabem que a componente social que cabe ao Estado, não tem capacidade de resposta?
Alguns jovens chegaram a pensar que podiam vir, com estas políticas, a aspirar a ver a o seu futuro facilitado, depressa perceberam que não era bem assim, pois tudo se resume a uma estratégia de obter mão-de-obra cada vez mais barata, com um único fito que é o maior lucro no mais curto espaço de tempo possível.
Onde é que isto nos conduz e por quanto tempo mais será sustentável esta situação? Isso será o futuro a dizer, mas algum dia a casa vem abaixo.


*** * ***

CARTOON FRANCÊS

Delucq

Dilem

4 comentários:

Anónimo disse...

Alguém me disse que já tinhas voltado Zé, mesmo sem avisar. Não se faz, mas já fazias cá falta porque no Verão a blogosfera fica desfalcada. Fazer criancinhas, não condiz muito com o Sócrates, sei lá porquê, e muito menos com portáteis a 150€ que só servem para distrair.
Olha que o francês começa a ser indecifrável para a malta mais jovem.
Bjos

Anónimo disse...

Sim qq dia a casa tem que vir abaixo ou então não vai e...é o fim do pessoal, o recoemço das trevas :-(


Tá tanto calor que nem sei que postar ;-)

ABraços ***

zé lérias (?) disse...

Meu nobre e caro amigo Zé:
É sempre um prazer ler os teus postes.
Apesar deste calor infernal não podia deixar de vir aqui desejar-te a continuação de um belo fim de semana.

Anónimo disse...


O próximo passo para o aumento da natalidade vai ser o aligeirar das vestimentas imposto pelo governo e as admissões feitas através de entrevistas em fato de banho para a selecção de pessoal a admitir. Gente bonita, com os atributos bem visíveis em todos os locais de atendimento e repartições, escolas e hospitais. Vai ser bué de fixe.
Acho que vão começar mesmo pelos ministros e ajudantes, eu até conheço uma romena com 23 anitos que se prepara para substituir a Isabelinha na Cultura, havias de ver aquele espada, com uns faróis de halogénio, piercing no umbigo, tatuagens nas costas e na perna...
Vamos a trabalhar, portugueses de barba rija.
A bem da nação, claro