terça-feira, julho 31, 2007

HAVERÁ MEDO?

Com algum atraso li o artigo do poeta sobre o medo que começa a existir em alguns sectores em Portugal. Como supunha também haviam declarações de Sócrates a desvalorizar a afirmação e a referir estados de alma.
Os casos Charrua e Portugal Profundo, por terem sido mediáticos, vieram trazer à baila o espectro do medo e da repressão.
Será que de facto há medo? Bem, eu acho que não, pelo menos naqueles que prezam a liberdade e sabem que o medo dá força a quem abusa do poder que detém. Mas por outro lado, também não me passam ao lado outros casos de que tive conhecimento, tão ou mais graves ainda, embora sem destaque na comunicação social.
Curiosamente ouvi na televisão um político chamar aldrabão, sim aldrabão, a um cidadão, que por acaso até é 1º ministro, e não se ouviu sequer uma palavra indignada do visado ou a ameaça de uma queixa nos tribunais. Será que é mais grave colocar em causa um título académico do que chamar aldrabão com todas as letras?
Começa a ser difícil entender os nossos políticos e sobretudo as suas reacções. O que vale é que vão todos para férias e vamos todos aborrecer-nos sem assunto para comentar.

Política e telenovelas

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FOTO - MAIS FLORES
AndrAgr

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CARTOON - A RESPEITADORA

segunda-feira, julho 30, 2007

RAPIDINHAS

A vinha – O governo português e a comunidade europeia dizem-se satisfeitos com a decisão de subsidiar o arranque de videiras de má qualidade, contribuindo assim para a produção de vinhos de excelência e para travar o excesso de produção deste produto. Visto desta maneira talvez haja poucos argumentos em sinal contrário, contudo sabe-se que grande parte dessas uvas destinava-se à destilação e, aqui começam as objecções. Vamos apoiar a produção de combustíveis alternativos, sendo que alguns vão ser produzidos com recurso a produtos alimentares, o que vai naturalmente encarecer estes últimos. Será que em vez de cereais, por cá não se podia utilizar as tais uvas de má qualidade para este esforço na obtenção de combustíveis alternativos? Confesso que ainda não ouvi uma palavra sobre o assunto, e parece-me que o recurso à importação de matéria-prima satisfaz o governo e os grupos que se alinham para a produção destes combustíveis. Porque será?

Almoxarife – A propósito do novo sistema de carreiras da função pública, sugeriu-se num jornal diário que a categoria de almoxarife seria uma bizarria, e que só terá sido regulamentada para a administração local no ano de 1998. Nada mais errado, pois esta carreira é muito mais antiga, já existiu até nos últimos anos no ministério da Cultura e vem desde os tempos da monarquia. Só por curiosidade, diga-se que era atribuída a uma pessoa que zelava pelos edifícios que eram pertença real, e era um cargo respeitado e de grande responsabilidade. Hoje, as suas funções estão dispersas por conservadores, engenheiro e arquitectos, que muitas vezes decidem as coisas a partir dos seus gabinetes, muitas vezes sem o conhecimento perfeito dos edifícios, originando erros que não sendo propriamente de ordem técnica, são-no de ordem prática e dificultam ou até nem resolvem os problemas de funcionamento. Curiosamente o parlamento tem um zelador e não me consta que alguém ponha em causa as suas funções, essenciais para o seu funcionamento.

Há por aí muitos...

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FOTO DE FLORES
AKF

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CARTOON - POLÍTICOS DO MUNDO

Monte Wolverton

Alexander Zudin

domingo, julho 29, 2007

NO CALOR DO DOMINGO

Novidades do rectângulo

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FOTOGRAFIA AO ACASO

O mergulho by Mowiestar

Atrasado by Hynnen

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Recebido por mail - Eça sempre actual

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CARTOON

sábado, julho 28, 2007

A FELICIDADE TAMBÉM AJUDA



A BAIXA NATALIDADE


Parece que a baixa natalidade começa a preocupar os dirigentes europeus obrigando a medidas extraordinárias de incentivos à procriação. A par destas medidas também assistimos a outras que vão tornando mais flexível a circulação de pessoas, mesmo de alguns países exteriores ao espaço europeu.
Como chegámos aqui? Esta pergunta tem recebido as mais variadas respostas dos especialistas em demografia e de outros teóricos, contudo não conheço estudos aprofundados que incidam exclusivamente sobre casais entre os vinte e os quarenta e cinco anos, por exemplo, que nos dariam algumas pistas sobre as causas deste decréscimo de natalidade.
Estou certo que as causas estão sobretudo relacionadas com a falta de estabilidade nos empregos, com os baixos rendimentos e com a falta de garantias sociais que se antevêem para o futuro.
Hoje em dia a realidade mostra-nos que até aos 40 anos há possibilidades de se encontrar trabalho, ainda que num mercado cada vez mais competitivo e bastas vezes com salários relativamente baixos. Dos 40 aos 50 anos reza-se para que não se caia no desemprego, já que as hipóteses de se encontrar uma ocupação são extremamente reduzidas. Daqui para a frente, e falo de mais 15 anos, quem não tiver ocupação está condenado a vegetar pois as suas hipóteses são semelhantes à de ganhar a lotaria.
Claro que isto é uma evidência, e claro que os políticos conhecem estas causas. Pergunta-se então porque é que insistem, especialmente em Portugal, com estas políticas laborais quando sabem que a componente social que cabe ao Estado, não tem capacidade de resposta?
Alguns jovens chegaram a pensar que podiam vir, com estas políticas, a aspirar a ver a o seu futuro facilitado, depressa perceberam que não era bem assim, pois tudo se resume a uma estratégia de obter mão-de-obra cada vez mais barata, com um único fito que é o maior lucro no mais curto espaço de tempo possível.
Onde é que isto nos conduz e por quanto tempo mais será sustentável esta situação? Isso será o futuro a dizer, mas algum dia a casa vem abaixo.


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CARTOON FRANCÊS

Delucq

Dilem

sexta-feira, julho 27, 2007

DE VOLTA AO BLOGUITO


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É SÓ PAGAR


Todos os que têm carro pagam imposto ao município de residência, imposto sobre produtos petrolíferos, imposto automóvel, IVA sobre o preço de compra da viatura e até sobre outros impostos, parqueamentos e portagens. Como diria um velho tio meu, um carro é como uma vaca a quem lhe sugam o leite pelas tetas todas.
Está na moda dos nossos teóricos atirar com o argumento do “utilizador/pagador” não sacrificando assim os que não têm automóvel ou os que não circulam por auto-estradas ou por determinadas pontes. É estranho que nunca se refiram ao facto evidente de que os possuidores duma qualquer viatura são também contribuintes normais, no que se refere às obrigações de âmbito geral.
Não venho aqui falar da carga excessiva de impostos que sobrecarregam os automobilistas, mas sim do absurdo que é pagar por maus serviços. Nestas férias percorri um troço da A – 1 com 176 km, e destes, 30 km estavam condicionados por obras. Claro que já ouvi dizer que os concessionários estão dentro lei continuando a cobrar as tarifas normais, isto apesar dos incómodos causados aos utentes, mas posso discordar e até indignar-me pois estou a exercer um direito que me assiste.
Continuando a referir-me a estradas, falo também do IP – 3, e também aqui discordo da classificação para além de protestar energicamente pois de 40 km percorridos, mais de metade ou tinha apenas uma via no sentido em que eu seguia, ou tinha inviabilizada a segunda por motivo de obras.
Não ignoro que as obras são necessárias, que elas têm de ser feitas, mas pergunto se o peso excessivo de impostos que os automobilistas pagam, só dão direito ao que descrevo. Em caso afirmativo, acho que estamos a ser explorados e renovo a minha indignação.
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FOTOGRAFIA - BORBOLETAS

lisbeth

nordre

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CARTOON

Mike Thompson

sexta-feira, julho 13, 2007

VOU DE FÉRIAS JÁ AMANHÃ

O Zé Povinho vai de férias e decidiu dar descanso a este velho esqueleto. É improvável que venha a ter alguma recaída e aqui plante alguma matéria, pelo que me despeço dos meus amigos e visitantes até ao princípio de Agosto. Cá vos espero.


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FOTOS COM E SEM ESTÉTICA

Klim-A

la pluie d\'or by phoinix

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CARTOON

quinta-feira, julho 12, 2007

quarta-feira, julho 11, 2007

EM DIRECTO DO CHIQUEIRO


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FOTOS DE PORQUINHOS CURIOSOS

Kot a

Pig Shark by pinguking

ambrosia

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CARTOON - OS PORQUINHOS

terça-feira, julho 10, 2007

CONFIANÇA EM QUEDA

Os níveis de confiança dos portugueses estão em queda e não há volta a dar ao assunto. Podemos questionar os estudos conhecidos quanto aos níveis etários e habilitacionais, mas de resto está patente uma desconfiança, que é tanto maior quanto menores são os rendimentos dos inquiridos.
Os teóricos acenam com a flexigurança, os patrões manifestam-se contra a rigidez das leis laborais, os políticos reduzem-nos os direitos que fomos conquistando, e nós clamamos pela segurança e protecção para os desempregados, para os que estão incapacitados e para os reformados. Não há acordo possível pois tem-se caminhado só no sentido de favorecer uns poucos em detrimento da maioria que vê o seu futuro cada vez mais negro.
O Estado ou melhor, os governos, não têm cumprido a sua função no que respeita à redistribuição da riqueza gerada, sendo agora patente mesmo para os menos atentos, que o fosso entre os mais ricos e os mais pobres vai sendo cada vez maior. A força laboral, vulgo os trabalhadores por conta de outrem, carregam às costas o país vendo a cada dia que passa, aumentadas as taxas e os impostos, directos e indirectos, enquanto que os grandes investidores vão beneficiando de cada vez maiores isenções e incentivos.
O que é que este governo, ou os que pretendem vir a sê-lo, têm para nos propor em termos de segurança? Será que têm algo para nos propor e será que podemos acreditar nas suas promessas?


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MACHISMO OU PIADA?


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CARTOON
Recebido por mail (imprensa de língua francesa)

segunda-feira, julho 09, 2007

A DEMOCRACIA DO ZÉ

Talvez não seja este o lugar apropriado para apupar o Zé ... Povinho, mas sou um democrata

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FOTOS ESCOLHIDAS
AlexandraMel

Modestija

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CARTOON

Vince O'Farrell

domingo, julho 08, 2007

COMEÇAR POR BAIXO

Hoje li duas notícias que por abordarem questões laborais por ópticas diferentes me chamaram a atenção. A primeira era referente à Alemanha e tratava da falta de pessoal qualificado, que é um problema muito sentido pela Europa, e dizia que os “trabalhadores de prata” (com mais de 60 anos) «são necessários em todas as áreas e devem ser valorizados pela sua experiência, pelo conhecimento, bem como pela facilidade de adaptação aos novos desafios».
A segunda, abordava o mercado de trabalho nacional e lamentava que jovens licenciados estivessem a desempenhar tarefas de venda de produtos como a banda larga que nada teriam a ver com a sua formação, concluindo que se queremos inovação, então teremos de dar mais oportunidades aos jovens com formação superior.
As duas abordagens têm pontos fortes e traduzem bem o impacto que a estagnação da economia europeia teve, na última década, no mercado laboral. Um pouco por todo lado, a partir dos anos 90, começaram a ser dispensados os trabalhadores com mais idade, com reformas antecipadas ou pre-reformas, num esforço de contenção de custos, mas quando a economia começou a mostrar sinais de retoma, constatou-se que não tinha havido uma renovação de gerações e que no mercado de trabalho não haviam profissionais experientes para contratar e que as novas gerações, mais bem habilitadas a nível formal não estavam disponíveis para trabalhar nos sectores fabris e industriais, nem tinham qualquer experiência nessas áreas.
Hoje estamos a enfrentar um problema complexo de gestão de recursos humanos, derivado de dois factores: a baixa natalidade neste continente e a falta de renovação de gerações na última década.
As consequências imediatas são o prolongamento da vida activa dos mais velhos, e a entrada tardia dos jovens na vida produtiva. Para os jovens acresce ainda um outro problema, vão ter de se habituar à ideia de terem de entrar no mundo laboral por posições mais modestas e a terem de aguardar pelas promoções que o mérito e profissionalismo inevitavelmente lhes darão. Os canudos terão menos magia que no passado recente todos, ou quase todos, terão de “começar por baixo”.

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FOTOS - BELEZAS DA NATUREZA
Виктор Михалыч

Kned

ptitch

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CARTOON

Mike Thompson

sábado, julho 07, 2007

REALIDADE E FANTASIA


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FOTOGRAFIA COM SABOR A FÉRIAS

Beach Beauty by Carsten Breschel

Andris

SterzXXX
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CARTOON
Mike Lester