sexta-feira, junho 15, 2007

A MODERNIDADE SEGUNDO SÓCRATES

O acordo alcançado pelo governo de Sócrates com a FESAP foi mais uma machadada na credibilidade do movimento sindical em Portugal, que se mostra completamente dominado pelas influências partidárias já impossíveis de disfarçar.
A modernidade do sindicalismo, nas palavras de Sócrates, resume-se na clara dependência duma estrutura sindical, que não conseguiu demonstrar em nenhuma das intervenções dos seus dirigentes qualquer benefício para os trabalhadores que representa.
O próprio primeiro-ministro encarregou-se de desmontar a farsa ao afirmar que “parte do sindicalismo português reconhece que a promoção nas carreiras deve basear-se na avaliação por mérito”, esquecendo-se que essa era a função dos concursos, que existiam antes dele e que estão congelados por determinação do seu governo, e também se esqueceu de mencionar que a avaliação do mérito em que assenta este acordo, está em vias de ser alterada, pelo que os pressupostos do acordo também estão naturalmente em causa.
A inovação e a modernidade do acordo são uma patranha que convence apenas quem quiser ser convencido, de que existe um pote cheio de moedas de ouro no fim do arco-íris. Eu não compro a ideia, pois o que se pretende é limitar as progressões nas carreiras, com este expediente.

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FOTOGRAFIAS
Mike Reyfman

Igor P.

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CARTOON

10 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

Estou completamente de acordo contigo e só uns sindicalistas de caca é que não vêem, ou então, estão afazer-se a um tacho e querem que os sindicalizados vão pastar.

Por estas e outras é nunca paguei um chavo para nenhum sindicato!

Habitualmente não me refiro ás imagens que apresentas, mas desta vez faço-o poruqe a 2ª é uma maravilha e o cartoon, pleno de humor e oportunidade.
Isto NÃO QUER DIZER que outras imagens de outros dias não fossem igualmente boas, só que achei chegada a hora de te transmitir esta opinião.

Um abraço e amanhã volto cá com mais tempo, ok?

Savonarola disse...

Instrumentalizar os sindicatos em função dos interesses do governo sempre foi uma das metas ideais do exercício do poder moderno. Embora o Sócrates desejasse atingir essa meta, só conseguiu a adesão de uns quantos vendidos, típicos nestas situações. De forma que... Fica tudo na mesma! Cada um do seu lado da barricada.
Um abraço anarquista

Anónimo disse...

Quando as instituições perdem a credibilidade a insatisfação tem de recorrer a meios nem sempre saudáveis, o que não será saudável
Abraço

Meg disse...

E não achas, Zé, que era altura de alguns sindicalistas serem "saneados". Daqui a pouco estão lá há tempo, que até parece que estão agarrrados a qualquer coisa.
Além disso, são feios...
Falta vergonha a "alguns" desses senhores.
Um abraço

Meg disse...

Ah... e agora vou ouvir a Sara...
Bom gosto por cá, como sempre
Um abraço

José Lopes disse...

Na política, como no sindicalismo está a tornar-se hábito a profissionalização e a permanência por demasiado tempo, assim perde-se a perspectiva dos problemas e da realidade do "mundo cá de fora".
Eles ainda não o compreenderam e por isso vão pondo irremediavelmente em causa as instituições. Além disso, ainda há os comprometidos, e só assim se entende o acordo, que agora parece que já não tem esse nome. Topam?
Abraço

Anónimo disse...

inovação e a modernidade, desculpa, mas chama-se DESEMPREGO...


BOM FIM DE SEMANA

Anónimo disse...

Já há lalgum tempo que deixei de acrediatr nos sindicatos e todos os que se dizem sindicalistas..

Anónimo disse...

Serão antes NÃOdicados?

Anónimo disse...

Penso que o artigo que escreveste não faz a devida distinção entre os pseudo-sindicalistas que assinaram o acordo e os verdadeiros sindicalistas que o recusaram. Se foi por lapso, é pena que tal tenha acontecido. Se foi propositado é um erro grave de avaliação.
Meter tudo no mesmo saco equivale a hipotecar a razão do que escreve.
Mas para entender melhor o que quero dizer convido à leitura dois artigos que escrevi. Um em Março - http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/17673.html?mode=reply#reply . E um outro em Maio - http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/23747.html?mode=reply#reply . Após estas leituras gostaria de conhecer a tua opinião e de saber se estou muito errado ou se efectivamente existe em Portugal sindicatos e pseudo-sindicatos.