sábado, fevereiro 04, 2006

MUSEUS

A VONTADE E OS MEIOS
É absolutamente pacífico aceitar-se que existem opiniões comuns entre as direcções do IPM, IPPAR e os sindicatos representativos dos trabalhadores dos museus, palácios e monumentos. A insuficiência de pessoal na carreira de vigilantes-recepcionistas é um dos casos mais evidentes.
Muito se tem criticado estes trabalhadores pela recorrente greve no período da Páscoa, mas nenhum órgão de comunicação social se debruçou sobre as razões do protesto. O jornal Expresso de 4 de Fevereiro inclui um artigo com referências a declarações do director do IPM, Manuel Bairrão Oleiro de que destacamos apenas alguns temas que há muito pretendemos discutir com a tutela: os regulamentos internos (incluindo os horários de trabalho e funcionamento), a revisão dos quadros de pessoal, os planos de conservação preventiva e os planos de segurança. O envolvimento dos trabalhadores (a todos os níveis) nestas matérias é essencial para que se conheçam as diferentes visões sobre a realidade de cada serviço.
Compreendemos a posição do director do IPM quando alude ao recurso a contratados a prazo também no ano de 2006, por evidente imposição do Ministério da Finanças, mas discordamos frontalmente dessa solução de recurso não só por princípio (é ilegal para suprir necessidades permanentes dos serviços), mas também por razões de segurança, de qualidade de serviço, de desperdício de verbas em formação e por colocar em risco em muitos casos a transmissão de conhecimentos e de experiência que a tutela pretende ignorar.Esperamos que as reestruturações e as políticas economicistas cegas não venham inviabilizar soluções técnicas passíveis de pacificar o sector e contribuir para a melhoria dos serviços prestados aos inúmeros visitantes dos museus, palácios e monumentos.

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