domingo, maio 22, 2005

JÁ SEM TANGA

Em poucos anos o país perdeu a tanga e já vai nú.
A política nos últimos anos tem sido muito mal servida pelos seus actores principais que, numa atitude quase pornográfica, passam do fato Dior para nudez indecente consoante estejam na oposição ou no poder. Eles reiteram a sua inocência pelo estado miserável da economia e atiram, como sempre, as culpas para os outros ( eles próprios devido à alternância) e o ónus da sua incompetência para o Zé Pagante, quem mais senão ele?
De tanga ou sem ela a receita é sempre a mesma, e mais fácil, aumentos dos impostos indirectos e cortes na função pública. Vem a propósito recordar que alguns dos economistas que agora, e de novo, defendem estes aumentos e cortes, são os mesmos que proclamam que a iniciativa privada é que move o país e cria emprego e riqueza. Dá vontade de perguntar se estamos a falar do Portugal que todos conhecemos.
Os jornais continuam a noticiar os aumentos de lucros da banca, salários milionários de gestores públicos, compras de jogadores a valores astronómicos e ainda há quem afirme que os aumentos dos impostos indirectos, que atingem igualmente pobres e ricos, são justos e moralmente aceitáveis.
Penso que cada vez mais se aplica aos políticos, todos eles, a máxima: todos diferentes, todos iguais.Culturalmente falando, nós por cá, já estamos habituados.

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